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Apresentação

DOSSIÊ: "ENTRE DELEUZE E A EDUCAÇÃO"

Apresentação

Tomaz TadeuI; Walter KohanII

IDoutor em educação pela Stanford University (EUA) e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E-mail: qorpo100orgaos@yahoo.com

IIDoutor em filosofia pela Universidad Iberoamericana (México) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: walterk@uerj.br

O título deste dossiê, "Entre Deleuze e a educação", exige, para além das razões pessoais, institucionais ou editoriais que o motivam, alguns esclarecimentos e justificativas. Não que algumas destas motivações não sejam interessantes ou legítimas. Trata-se, afinal, do título de um evento significativo – o II Colóquio Franco-Brasileiro de Filosofia da Educação –, ocorrido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 de novembro de 2004 e do qual participaram importantes estudiosos da obra de Deleuze de vários países e de diversas regiões do Brasil. A qualidade e a variedade dos trabalhos apresentados em mesas e sessões especiais já seriam um motivo suficiente para publicá-los e é uma alegria que tenham sido tão generosamente acolhidos por uma revista do prestígio de Educação & Sociedade.

Mas talvez existam razões mais interessantes. Em primeiro lugar, interessa-nos delimitar este espaço, essa prática institucionalizada na formação de professores a que chamamos "filosofia da educação", já que, afinal, os textos aqui reunidos foram apresentados num colóquio de filosofia da educação, o que está longe de ser auto-explicativo. Por muito tempo, a filosofia viu-se como a mãe de todos os saberes, a tutela normativa do que é possível conhecer, tanto quanto da forma pela qual se pode produzir um conhecimento que mereça tal nome. Situada no mais alto da pirâmide arborizada do saber, ela se outorgava a si própria uma função sustentadora e legitimadora dos saberes que estavam sempre abaixo dela e nela enraizados.

Essa hierarquia especifica-se no modo dominante de conceber a filosofia da educação. Para utilizar uma metáfora platônica, ela seria a guardiã da educação, a que pensaria os fins e os valores da educação, a que outorgaria certidão de legitimidade epistemológica, ética, política às teorias e aos métodos educacionais. Em outras palavras, a filosofia, dona da radicalidade, da sistematicidade e da universalidade, deixaria a cargo da educação as técnicas e os métodos e se atribuiria a si a tarefa de propiciar as respostas que permitiriam compreender sobre que bases educar e para que fazê-lo.

A forma pela qual, ordinariamente, faz-se filosofia da educação, isto é, pela via da história da filosofia, é um exemplo disso. Deixemos de lado os espíritos administrativos que organizam, ordenam e classificam o que outros pensaram sobre a educação. Examinemos apenas as maneiras mais interessantes. A mais habitual é se fazer história das idéias filosóficas sobre a educação, é se fazer história das idéias pedagógicas. Toma-se Platão – ou Rousseau ou Montaigne ou Kant ou tantos outros – e mostra-se, expõe-se ou elucida-se o que eles pensaram sobre a educação ou sobre algumas questões educacionais. Assim, um professor de filosofia da educação põe-se a ensinar filosofia platônica – ou kantiana, rousseauniana ou qualquer outra – da educação. Há uma versão parcialmente diferente desta possibilidade: tomam-se idéias que um filósofo apresentou embrionariamente sobre a educação e se as desenvolve mais amplamente; ou então, idéias que esse filósofo apresentou sobre outro domínio e se as aplica ao campo educacional. Na verdade, são duas variantes da mesma coisa: uma filosofia da educação adjetivada pelo nome do filósofo de plantão.

Para não estender desnecessariamente esta apresentação, vamos ser diretos: pensamos que pode ser feita uma outra filosofia da educação: ato filosófico e não histórico, pensamento que pensa e não apenas mimetiza o que outros pensaram. Como filosofia, ela é múltipla, diversa, aberta. Não está acima nem abaixo de nada ou de ninguém. É um movimento, um gesto, uma possibilidade do pensar.

No que Deleuze propôs, esse gesto tem a ver com traçar planos, colocar problemas e criar conceitos. É isso que um filósofo faz: da educação ou de qualquer outro assunto. É isso que Deleuze faz. É isso que queremos fazer. Por isso Deleuze nos parece inspirador para o campo da filosofia da educação. Não porque suas idéias nos pareçam justas, importantes ou verdadeiras, mas pela força inspiradora que elas têm para criar o que ainda não foi criado, para pensar o que ainda não foi pensado.

É por este duplo motivo que trouxemos Deleuze para um evento de filosofia da educação e, agora, para o presente dossiê. Por sua força educadora: pelos múltiplos sinais que sua criação pode nos emitir. E também pelos gestos impensados que seu pensamento pode inspirar e provocar.

Ainda vale comentar o título do dossiê. "Entre Deleuze a educação" marca, desde a preposição inicial, um interstício, um intervalo, um espaço fora das pertenças e das propriedades pessoais ou disciplinares: não é em Deleuze ou na educação que o título convoca a nos situar. Ele marca quase um grito, uma direção, um novo território. Como todo movimento no espaço, ocupar este lugar exige um deslocamento dos que estão situados em um ou outro continente. Há de se desprender um pouco de Deleuze e há de se desprender um pouco da educação; há também de se aproximar um pouco de Deleuze e outro pouco da educação, para ver o que pode acontecer em outra terra nova, situada entre um e outra.

Para quem trabalha no campo "intelectual", o que está aqui em jogo é o pensamento e é justamente com ele que têm a ver os desprendimentos. Estamos no meio da complexa relação entre a teoria e a prática. Por pensamento não entendemos algo que seja apenas da ordem da teoria, das idéias, do abstrato. O pensamento é concreto e material; encontra-se muito pensamento em nossas instituições, em nossos corpos, no ar que respiramos. Somos o que pensamos. Vivemos as instituições que pensamos. Pensamos as instituições em que vivemos.

Neste sentido, ser deleuziano comporta pensar deleuzianamente; assim como ser educador comporta pensar educacionalmente. As diferenças, que podem parecer muito significativas, são apenas próprias do "assunto" em questão (Deleuze, educação), mas não da relação que se estabelece com ele. Pelo caráter afirmativo e agudo de um pensamento como o de Deleuze, ser deleuziano abre um leque de diferenças aparentemente menos amplo que o de um pensamento como o educacional. Mas o movimento que "Entre Deleuze e a educação" exige é um desprender-se do que se costuma pensar _ embora a frase possa parecer um contra-senso tratando-se justamente de Deleuze _ a partir de Deleuze; desprender-se do que se costuma simplesmente pensar; desprender-se do pensamento que costuma habitar nas teorias e nas práticas educacionais. Em um e outro caso, o exercício não parece fácil e sequer está claro que seja possível. Mas é uma espécie de intuição de que alguma coisa interessante pode sair desse movimento e desse encontro entre dois movimentos, o que nos leva a pensar na interface que existe entre eles. E afirmá-la.

A educação parece a coisa mais antideleuziana do mundo. E, à primeira vista, Deleuze parece a coisa menos educacional do mundo. A educação, pelo menos nas suas formas mais dominantes e visíveis, fala em formar, capturar, avaliar, moralizar. Não parece ser uma terra muito propícia aos encontros do pensar, aos acontecimentos, às linhas de fuga, aos vôos de bruxa e a tudo aquilo que o filósofo do concepto, do percepto e do afecto afirma. Alguém poderia ver Deleuze e a educação como pólos opostos, contrários, em negação recíproca. Não lhe faltariam razões. Talvez assim seja. Talvez não. O ponto de partida de nossa tentativa é uma certa percepção de que coisas interessantes podem acontecer se esses pólos se olharem com um pouco de atenção.

Os textos que compõem este dossiê afirmam diversos estilos e relações com o pensamento. O texto que abre os trabalhos, "Aprender com Deleuze", de um contemporâneo de Deleuze, René Scherer, fala, inicialmente, do lugar de destaque que o aprender _ como ato de adaptação e de criação, como agenciamento complexo _ ocupa na filosofia de Gilles Deleuze. Mas o que é ainda mais interessante é que nos dá alguns exemplos do que Deleuze aprende e ensina, daquilo que ele continua a nos ensinar cada vez que se recria o gesto da leitura, daquilo que podemos aprender. Reafirma a força da preposição conjuntiva "com", a resistência aos modelos, aos paradigmas, sobretudo no caso do mestre em questão.

Os dois textos que seguem se centram num dos interlocutores privilegiados de Deleuze: Friedrich Nietzsche. Mónica Cragnolini fala do maior aprendizado que pode resultar da conjunção de Deleuze com Nietzsche: a desaprendizagem dos pontos fixos, dos dogmas e das doutrinas, a aprendizagem do pensamento e da vida como linha de fuga. Essa desaprendizagem se torna mais potente, mais interessante, precisamente quando se volta sobre o parceiro, o amigo, este Nietzsche que Deleuze, qual Zaratustra, tomou com uma força tal que lhe possibilitou deixar que ele se fosse, que lhe possibilitou abandoná-lo, definitivamente. Também de inspiração nietzschiana, "Não se sabe", de Sandra Corazza, é um canto – breve, mas potente; estrito, mas estridente; sucinto, mas sustentado – à vida, a uma vida como Deleuze queria: impessoal, imanente, sagradamente afirmativa... e os ecos ressoam para quem tiver ouvidos para ouvi-los.

É ainda Nietzsche que ressoa em "A potência para a simulação", do canadense Norman Madarasz, texto que forma, com "A filosofia e seus intercessores: Deleuze e a não-filosofia", uma dupla que concentra sua atenção no pensamento. Madarasz retoma a análise que Deleuze, a partir de seus textos sobre Platão e sobre Lucrécio, fez do simulacro. Na escrita de Madarasz, o simulacro, tal como apresentado por Deleuze, tem um aspecto "crítico e liberador", e antecipa os motivos principais da filosofia como imanência, multiplicidade e intensidade do pensamento. Jorge Vasconcellos relaciona o problema do pensamento com a arte. Descreve a crítica deleuziana à imagem dogmática do pensamento e inscreve a tarefa da filosofia deleuziana num "colocar em movimento o pensamento". Nesse movimento, os intercessores são um conceito fundamental: ajudam a resolver o problema da imagem do pensamento.

Em textos mais explicitamente "pedagógicos", Daniel Lins e Sylvio Gadelha, professores da Universidade Federal do Ceará, enfrentam o desafio de pensar algumas questões educacionais a partir de motivos deleuzianos. Em "Mangue's School ou Por uma pedagogia rizomática", Daniel Lins concentra-se, sobretudo, numa epistemologia e numa política para a educação, extraindo as implicações de se pensar a pedagogia segundo a lógica do rizoma e não da árvore. Se esta última conduz ao desastre e ao terrorismo de falar e pensar pelo outro, aos programas e aos modelos, a primeira abre as portas para um devir impensado, para uma antipedagogia da experiência e do encontro. Em "De fardos que podem acompanhar a atividade docente ou de como o mestre pode devir burro (ou camelo)", Sylvio Gadelha desdobra, com Nietzsche e Deleuze, alguns dos sintomas envolvidos no chamado "mal-estar" dos docentes contemporâneos. Com leveza, Gadelha mostra como a partir de Nietzsche e Deleuze se abre um mundo novo para pensar a educação.

Em "Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre", Virgínia Kastrup enfrenta o problema da formação do professor a partir de uma política cognitiva que pensa a cognição como invenção de si e do mundo. Para ela, o conceito de devir-mestre ocupa um lugar central no enfrentamento com o modelo dominante de transmissão de informação. Giuseppe Bianco, por sua vez, em "Otimismo, pessimismo, criação: pedagogia do conceito e resistência", apresenta uma detalhada e cuidadosa análise da noção deleuziana de "pedagogia do conceito" e de sua importância na concepção construtivista e criativa que Deleuze desenvolve para a filosofia.

Temos, finalmente, os textos que fizeram parte da mesa de encerramento do evento. François Zourabichvili apresenta alguns dos principais motivos deleuzianos para uma teoria do ensino, bem como um outro motivo fundamental que a atravessa: sua insistência numa compreensão ao pé da letra, na literalidade, a razão de ser de uma pedagogia filosófica. Peter Pál Pelbart e Tomaz Tadeu desenvolvem dois modos e tipos distintos de réplica. Ao passo que Peter Pál Pelbart, em "Solidão, fascismo e literalidade", instiga Zourabichvili a desdobrar seu conceito de literalidade (em um sentido nietzschiano, em sua potência liberadora de uma assertividade e de uma gregariedade crescentes; e em sua relação com uma pedagogia não-filosófica), em "Deleuze e a questão da literalidade: uma via alternativa", Tomaz Tadeu discute a própria tese de Zourabichvili; a literalidade que este apresenta não explicaria as relações metafóricas de que pretende dar conta e, além disso, Deleuze e Guattari ofereceriam uma visão da literalidade muito mais simples e direta que aquela que propõe Zourabichvili.

Assim, com os estilos distintos que o compõem, este dossiê talvez possa sugerir uma nova maneira de se pensar e se fazer filosofia da educação, ou, melhor dizendo, filosofia e educação, simplesmente.

Porto Alegre/Rio de Janeiro, julho de 2005.

Apêndices

Estes apêndices estão incluídos no livreto que acompanha a exposição "Gilles Deleuze", organizada por David Lapoujade para a Association pour la Diffusion de la Pensée Française (ADPF) e exibida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro durante o II Colóquio Franco-Brasileiro de Filosofia da Educação, em 18-19 de novembro de 2004.

I. Bio

Nascimento, em Paris, em 18 de janeiro de 1925.

Estudos secundários no Liceu Carnot.

1944-1948

Estudos de filosofia na Sorbonne, onde conhece François Châtelet, Michel Butor, Claude Lanzmann, Olivier Revault d'Allones, Michel Tournier.

Professores principais: Ferdinand Alquié, Georges Canguilhem, Maurice de Gandillac, Jean Hippolyte.

Freqüenta La Fortelle, um castelo no qual Marie-Madeleine Davy organizava encontros entre intelectuais e escritores à época da Liberação. Entre eles, o Padre Fessard, Pierre Klossowski, Jacques Lacan, Lanza del Vasto, Jean Paulhan.

1948 Agregação [concurso que autoriza a lecionar em liceu] em filosofia. 1948-1957 Professor de filosofia nos liceus de Amiens, Orléans, Louis-le-Grand. 1957-1960 Professor-assistente na Sorbonne, em história da filosofia. 1960-1964 Assistente de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) 1962

Encontro com Michel Foucault em Clemont-Ferrand, na casa de Jules Vuillemin.

1964-1969 Professor na Faculdade de Lyon. 1969 Tese principal: Diferença e repetição (orientador: Maurice de Gandillac); tese secundária: Spinoza e o problema da expressão (orientador: Ferdinand Alquié). 1969

Encontro com Félix Guattari; projeto de trabalho em conjunto.

1969

Professor na Universidade de Paris VIII-Vincennes, para onde Michel Foucault havia acabado de ir.

Após 1969

Participação em atos não-partidários de esquerda.

1987

Aposenta-se.

Sinais particulares: viaja pouco, nunca aderiu ao Partido Comunista, nunca foi fenomenologista nem heideggeriano, não renegou Marx, não repudiou maio de 68.

Suicida-se, em Paris, em 4 de novembro de 1995.

II. Livros de Gilles Deleuze

Empirisme et subjectivité: essai sur la nature humaine selon Hume. Paris: Presses Universitaires de France, 1953. [Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. Trad. Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 2001]

Nietzsche et la philosophie. Paris: Presses Universitaires de France, 1962. [Nietzsche e a filosofia. Trad. Edmundo Fernandes Dias e Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976]

La philosophie critique de Kant: doctrine des facultés. Paris: Presses Universitaires de France, 1963. [A filosofia crítica de Kant. Trad. Geminiano Franco. Lisboa: Edições 70, 1987]

Marcel Proust et les signes. Paris: Presses Universitaires de France, 1964; edições aumentadas em 1970 e 1976. [Proust e os signos. 2. ed. Trad. Antonio Carlos Piquet e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense-Universitaria, 2003]

Nietzsche: sa vie, son oeuvre, avec un exposé de sa philosophie. Paris: Presses Universitaires de France, 1965. [Nietzsche. Trad. Alberto Campos. Lisboa: Edições 70, 1985]

Le Bergsonisme. Paris: Presses Universitaires de France, 1966. [Bergsonismo. Trad. Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 1999]

Présentation de Sacher-Masoch. Paris: Éditions de Minuit, 1967. Inclui "O frio e o cruel", de Deleuze, e Vênus em peles de Sacher-Masoch. Reeditado por 10/18. Paris, 1974. [Apresentação de Sacher-Masoch. Trad. Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Taurus, 1983]

Différence et répétition. Paris: Presses Universitaires de France, 1968. [Diferença e repetição. Trad. Luiz B. L. Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988]

Spinoza et le problème de l'expression. Paris: Éditions de Minuit, 1968.

Logique du sens. Paris: Éditions de Minuit, 1969. Reeditado por 10/18. Paris, 1973. [Lógica do sentido. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 1998]

Spinoza: philosophie pratique. Paris: Editions de Minuit, 1981. [Spinoza: filosofia prática. Trad. Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002]

Francis Bacon: logique de la sensation. Paris: Éditions de la Différence, 1981.

Cinéma-1: l'image-mouvement. Paris: Éditions de Minuit, 1983. [Cinema 1: a imagem-movimento. Trad. Stella Senra. São Paulo: Brasiliense, 1985]

Cinéma-2: l'image-temps. Paris: Éditions de Minuit, 1985. [Cinema 2: a imagem-tempo. Trad. Eloisa de Araujo Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 1990]

Foucault. Paris: Éditions de Minuit, 1986. [Foucault. Trad. Claudia Sant'Anna Martins. São Paulo: Brasiliense, 1988]

Périclès et Verdi: la philosophie de François Châtelet. Paris: Éditions de Minuit, 1988.

Le pli: Leibniz et le baroque. Paris: Éditions de Minuit, 1988. [A dobra: Leibniz e o barroco. Trad. Luiz B. L. Orlandi. Campinas: Papirus, 1991]

Pourparlers. Paris: Éditions de Minuit, 1990. [Conversações. Trad. Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992]

L'Épuisé. In: BECKETT, S. Quad et autre pièces pour la television. Paris: Editions de Minuit, 1992. p. 55-112.

Critique et clinique. Paris: Editions de Minuit, 1993. [Crítica e Clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1997]

L´île deserte et autres textes. Textes et entretiens, 1953-1974. Paris: Éditions de Minuit, 2002.

Deux regimes de fous. Textes et entretiens, 1975-1995. Paris: Éditions de Minuit, 2003.

Com Félix Guattari:

Capitalisme et schizophrénie, tome 1: l'anti-Oedipe. Paris: Éditions de Minuit, 1972. [O anti-Édipo. Trad. Georges Lamazière. Rio de Janeiro: Imago, 1976]

Kafka: pour une litterature mineure. Paris: Éditions de Minuit, 1975. [Kafka: por uma literatura menor. Trad. Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Imago, 1977]

Capitalisme et schizophrénie, tome 2: mille plateaux. Paris: Éditions de Minuit, 1980. [Mil platôs. (São Paulo: Editora 34, 1995-97. Vols. I-V. Trad. Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto, Célia Pinto Costa, Lúcia Cláudia Leão, Suely Rolnik, Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa]

Qu'est-ce que la philosophie?. Paris: Éditions de Minuit, 1991. [O que é a filosofia?. Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 1992]

Com Claire Parnet:

Dialogues. Paris: Flammarion, 1977. [Diálogos. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Escuta, 1998]

Com Carmelo Bene:

Superpositions. Paris: Editions de Minuit, 1979.

Documentos audiovisuais

Abécédaire (com C. Parnet). Paris: Éditions Montparnasse, 2001. [Versão brasileira, legendada pelo MEC: TV Escola, 2001]

Spinoza, immortalité et éternité. Paris: Gallimard, 2001.

Em Antologie sonore de la pensée française. Paris: Frémeaux et Associes/Ina, 2003:

- "Artifice et société dans l'œuvre de Hume" (1956)

- "Le Dieu de Spinoza" (1960)

- "Le travail de l'affect dans l'Éthique de Spinoza" (1978)

III. Bibliografia mínima sobre Deleuze, em língua portuguesa

ALLIEZ, E. A assinatura do mundo: o que é a filosofia de Deleuze e Guattari? Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.

ALLIEZ, E. Deleuze: filosofia virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

ALLIEZ, E. (Org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.

ALMEIDA, J. Estudos deleuzeuanos da linguagem. Campinas: UNICAMP, 2003.

BADIOU, A. Deleuze: o clamor do ser. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

BRUNO, M. Lacan e Deleuze. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

CADERNOS DE SUBJETIVIDADE. São Paulo: puc, número especial sobre Gilles Deleuze, jun. 1996.

CADERNOS DE SUBJETIVIDADE. São Paulo: puc, número especial: "O reencantamento do concreto", 2003.

CHEDIAK, K. Introdução à filosofia de Deleuze. Londrina: UEL, 1999.

CORAZZA, S.; TADEU, T. (Org.). Dossiê Gilles Deleuze. Educação e Realidade, São Paulo, v. 27, n. 2, jul./dez. 2002.

DIAS, S. Lógica do acontecimento: Deleuze e a filosofia. Porto: Afrontamento, 1995.

ESCOBAR, C. Dossier Deleuze. Rio de Janeiro: Hólon, 1991.

FOUCAULT, M. Ariana enforcou-se. Revista de Comunicação e Linguagens, Lisboa, n. 19, p. 237-239, 1993.

FOUCAULT, M. Theatrum philosophicum. In: FOUCALT, M. Ditos e escritos II. Trad. Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. p. 230-254.

GALLO, S. Deleuze e a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

GIL, J. Diferença e negação na poesia de Fernando Pessoa. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.

GUALANDI, A. Deleuze. Trad. Danielle Ortiz Blanchard. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

HARDT, M. Gilles Deleuze: um aprendizado em filosofia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

LEVY, T.S. A experiência do fora: Blanchot, Foucault e Deleuze. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2003.

LINS, D. (Org.). Nietzsche e Deleuze: pensamento nômade. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.

LINS, D. Juízo e verdade em Deleuze. São Paulo: Annablume, 2004.

LINS, D.; COSTA, S.S.G.; VERAS, A. (Org.). Nietzsche e Deleuze: intensidade e paixão. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.

LINS, D.; GADELHA, S. (Org.). Nietzsche e Deleuze: que pode o corpo. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.

PELBART, P.P. O tempo não-reconciliado: imagens de tempo em Deleuze. São Paulo: Perspectiva, 1998.

PELBART, P.P.; LINS, D. Nietzsche e Deleuze: bárbaros civilizados. São Paulo: Annablume, 2004.

RAHCHMAN, J. As ligações de Deleuze. Trad. Jorge P. Pires. Lisboa: Temas e Debates, 2002.

SANTOS, L.F. Pensar o desejo: Freud, Girard e Deleuze. Braga: Universidade do Minho, 1997.

SCHÖPKE, R. Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade. São Paulo: edusp; Contraponto, 2004.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jan 2006
  • Data do Fascículo
    Dez 2005
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