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DITADURA E EDUCAÇÃO AGRÍCOLA: A ESALQ/USP E A “GÊNESE” DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO* * Este artigo apresenta resultados da tese de Doutorado: “Ditadura, Agricultura e Educação: a ESALQ/USP e a modernização conservadora do campo brasileiro (1964 a 1985).”, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Campinas, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e CNPq.

Dictatorship and agricultural education: ESALQ/USP and the “genesis” of Brazilian agribusiness

Dictature et enseignement agricole: L’ESALQ/USP et la “génesis” de l’agrobusiness brésilien

RESUMO:

Esse artigo teve por objetivo analisar as relações entre a agricultura, a educação superior agrícola e a ditadura do movimento civil-militar de 1964 a 1985, tendo por foco a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), eleita em 2015 a quinta melhor escola de Ciências Agrícolas do mundo. Projetada em 1881 e inaugurada em 1901, ela é uma instituição orgânica do ruralismo brasileiro e foi fundamental para fomentar as políticas agrárias dos governos militares, proporcionando as bases para a criação do agronegócio no país. Com a intervenção do governo dos Estados Unidos e grossos investimentos estatais brasileiros, a ESALQ/USP forneceu conhecimentos científicos, educacionais e de extensão rural para o processo de modernização conservadora do campo, com o regime ditatorial implementando a produção agroindustrial a “ferro e fogo” e conservando as estruturas de origem colonial, como o latifúndio e a alta exploração dos trabalhadores rurais.

Palavras-chave:
Educação agrícola; Ditadura; Agronegócio; ESALQ/USP; Modernização conservadora

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