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Apresentação

O presente dossiê reúne estudos centrados na temática Infância e Cidade, portanto os trabalhos selecionados apresentam combinações teóricas arrojadas e construções metodológicas inovadoras. Nosso intuito é o de apresentar uma coletânea que reflita o mosaico contemporâneo e abrangente sobre a temática dando conta de sua pertinência. Recorrendo a conceitos que transitam nas áreas de Educação, Sociologia, Geografia, Antropologia, Arquitetura, Urbanismo e Psicologia, os artigos, ao tratarem das manifestações de crianças em diferentes países e suas relações com o espaço, contribuem decisivamente para consolidar estudos e pesquisas sobre Infância e Cidade. Esta iniciativa tem o potencial de fortalecer principalmente os campos da Educação e da Sociologia, as áreas de confluência que analisam os mundos sociais das crianças.

A problemática proposta, para a presente coletânea, não é inédita nem no campo internacional1 1 No contexto internacional, sugerimos a bibliografia anotada construída por McKENDRICK (2000), que apresenta uma lista abrangente da produção na área, ainda que não desprezemos uma produção posterior, nestes quase quatorze anos. nem no brasileiro2 2 Não é objetivo deste trabalho apresentar um estado da arte da produção nacional sobre a temática Infância e Cidade. Objetivamos somente citar os trabalhos que desenvolveram a temática tanto no plano puramente teórico, como também empírico em diferentes cidades brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Fortaleza, Juiz de Fora, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São José dos Campos, Vitória), a partir dos campos da Educação, Geografia, Arquitetura e Psicologia. Destacamos os trabalhos de Lima (1989); Cordeiro et al (2002); Castro (2001, 2004); Lopes e Vasconcellos (2005); Müller (2007); Kuhnen et al (2008); Lansky (2012); Lopes e Freire (2012); Micarello et al (2012); Penteado (2012); Teixeira (2012); Farias (2013). . Contudo, defendemos que uma maior aproximação de trabalhos, ideias e argumentos poderia facilitar a consolidação, no Brasil, no campo dos estudos da infância, de uma linha de pesquisa acerca da cidade e de decorrentes temas urbanos, tais como: mobilidade, espaços e lugares ocupados e/ou planejados para crianças, políticas públicas urbanas voltadas para a infância, educação e cidades, violência urbana e infância, dentre outros.

O ineditismo se encontraria na necessária organização desta linha de pesquisa, assim como no reconhecimento de que crianças podem ser escutadas sobre problemas que enfrentam cotidianamente nas cidades. Reconhecemos os desafios para a escuta das crianças e as implicações metodológicas que daí decorrem, mas, sobretudo, as dificuldades que ainda encontramos para analisar dados gerados nas pesquisas conduzidas com elas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996BRASIL. Lei Federal nº 9.394, de 26/12/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 17 de agosto de 2014.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Lei...
, título I, art. 1º) define que a Educação

[...] abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

A lei expande para todos os segmentos da sociedade o compromisso com a educação de crianças, jovens e adultos e não a trata como uma responsabilidade apenas da escola. Apesar de tal avanço legal, essa concepção ainda não é hegemônica.

A associação direta da infância às instituições família e escola está conectada ao desenvolvimento da cidade moderna e à origem da família nuclear, segundo Ariès (1986ARIÈS, P. La infancia. Revista de Educación, España, n. 281, p. 5-17, 1986.). O autor (1986ARIÈS, P. La infancia. Revista de Educación, España, n. 281, p. 5-17, 1986., p. 12) afirma que este processo torna-se evidente quando:

Controlar a família, dividir os cômodos da casa, registrar o mobiliário e as primeiras fotografias, distinguir as crianças dos adultos e confiar sua educação às mães e mestres, eram medidas para modificar as mentalidades e produzir novas identidades.

De certo modo, a infância dependeu da delimitação dos espaços, o que contemporaneamente se manifesta de forma cada vez mais especializada. O mesmo, acrescentamos, ocorreu nas cidades: surgem os equipamentos e espaços urbanos especializados onde se espera e se aceita encontrar as crianças; nos demais ela é invisível ou um incômodo para os adultos.

Por este motivo, entendemos que a articulação do pensamento educacional com o sociológico contribui para aprofundar essa discussão, pois amplia a reflexão sobre os espaços de experiências das crianças para além dos limites escolares. Essa é a razão pela qual nos interessa explorar no presente Dossiê Temático esta intersecção de áreas3 3 O estudo de Nascimento (2013) mapeou os grupos de pesquisa brasileiros voltados ao estudo da Sociologia da Infância. De 23 grupos identificados, 16 situam-se na área da Educação; quatro na área de Psicologia; e somente três no campo da Sociologia. Além de mostrar uma certa predominância de estudos na área de Educação, acaba evidenciado pouco diálogo entre os campos na investigação da infância. .

Vale lembrar que a cidade pode ser considerada como obra, como fez Lefebvre (1991LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Editora Moraes, 1991., p. 47): "[...] o uso (a fruição, a beleza, o encanto dos locais de encontro) predomina ainda sobre o lucro e o proveito, sobre o valor de troca, sobre o mercado e suas exigências e coações". Temos aqui então uma possibilidade de leitura do espaço urbano mais próxima daquela que porventura as crianças possam vir a fazer, o que certamente traria novas perspectivas de se ler a cidade. Todavia, apesar de termos excelentes formulações teóricas sobre a cidade, suas qualidades e seus problemas, haveria ainda inúmeras dimensões da vida social urbana que deveriam ser decodificadas no intuito de agregar conhecimento a um fenômeno - a cidade - que é cada vez mais sinônimo de sociedade. Louis Wirth (1973)WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, O. G. (org.) O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1973. p. 90-113. já nos alertava para a evidência de que quanto mais densamente habitada e heterogênea for a comunidade tanto mais acentuada serão as características do que se pode considerar como "modo de vida urbano".

Por um lado, o pensamento social tem se caracterizado por tratar de determinados modos de vida (em geral deduzidos a partir da categoria "trabalho") e colocar em segundo plano um conjunto de condições de existência social, lidos como secundários no entendimento da dinâmica social. Igualmente, a cidade - e a urbanização - vem cada vez mais se firmando como modelo universal de ocupação do território, de tal maneira difundido que se torna impossível ignorá-la. O mesmo não ocorre com a categoria "infância". Os estudos sociológicos tradicionais tratam essa categoria como fase transitória em direção à maturidade, sem autonomia frente ao mundo adulto e submetida a processos de socialização que as preparariam para a vida adulta. Essa ausência de autonomia é o pilar por detrás do qual a criança é tornada invisível no contexto social por onde transitam propostas de políticas públicas. Sobretudo no que diz respeito às políticas urbanas, chega a causar estupor a invisibilidade de crianças como detentoras de direito à cidade.

Por outro lado, os avanços teóricos dos Estudos da Infância feitos sobretudo a partir da segunda metade do século XX ampliaram o leque temático de interesse seja da Sociologia, seja da Educação, duas áreas que nos mobilizam mais de perto4 4 Sobre a emergência e desenvolvimento da Sociologia da Infância no Brasil, sugerimos os trabalhos de Quinteiro (2002); Marchi (2007); Abramowicz e Oliveira (2010); Castro e Kosminsky (2010); Faria e Finco (2011). . A ampliação dos eixos temáticos implicam a incorporação de novos atores sociais - mulheres (gênero), idosos, minorias sexuais, e, sobretudo, crianças, que aqui nos interessam - desfocando daqueles oriundos da hegemonia da categoria "trabalho" como síntese da existência social. Se até recentemente idosos, mulheres, crianças, dentre outros, eram ignorados enquanto categorias analíticas e identitárias na teoria social, o que se percebe é que hoje ocupam lugar de destaque na produção intelectual sobre a sociedade. Esse novo lugar desses agentes vem sendo ocupado a partir da formulação de discursos pertinentes a cada um deles e que sustentam a tomada de partido e a formulação de políticas públicas originais e voltadas a eles.

Foi com base em tais considerações que estruturamos o presente dossiê relacionando a temática infância e cidade, duas categorias de análise que raramente são colocadas face a face. Vistas isoladamente ambas já detêm um considerável estoque de conhecimento oriundo de estudos e pesquisas. Entretanto, com o objetivo de ampliar o debate sobre ambas e suas relações o dossiê apresentará reflexões tratando de suas intersecções. Isto porque assumimos que esta inter-relação Criança e Cidade é plena de ambiguidades e merece reflexão cuidadosa.

Os urbanistas do século XX, alimentados pelas teses do modernismo defendidas por Le Corbusier, condenaram as ruas, substituindo-as pelos "corredores" da cidade funcional onde tudo seria autônomo: morar, trabalhar, recrear, circular; cada função em seu lugar. O lugar da circulação não seria "povoado", mas preenchido por veículos e pela velocidade. Esse modelo de cidade no qual a segmentação das funções termina por romper com aquela caraterística heterogênea do espaço da cidade, tal qual definida por Wirth (1973WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, O. G. (org.) O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1973. p. 90-113.), rompe também com a possibilidade do inesperado tão característico das ruas das cidades tradicionais.

Na verdade, tal modelo foi algoz das ruas preexistentes: não acabou com elas, mas as transformou em lugares inóspitos ao convívio, padronizados, desinteressantes. Ainda são frutos desse modelo funcionalista os bairros homogêneos, os condomínios isolados, os shopping centers, as autopistas, os elevados e a ausência de calçadas. Também os centros das cidades, sem moradia, vazios à noite e nos fins de semana são frutos desse modelo. (MAGALHÃES, 2013MAGALHÃES, S. A vida encantadora das ruas. Jornal O Globo. Caderno Opinião. Rio de Janeiro, 20 jul. 2013. Disponível em <http://oglobo.globo.com/opiniao/a-vida-encantadora-das-ruas-9102320> Acesso em 17 de agosto de 2014.
http://oglobo.globo.com/opiniao/a-vida-e...
) Além do mais, no Brasil, as ruas das médias e grandes cidades nos remetem, por vezes, a uma ideia de violência, estabelecendo uma ruptura entre a esfera pública e a esfera privada.

A massiva discussão sobre a qualidade de vida nas cidades, e principalmente sobre temas ligados à sustentabilidade, tem contemporaneamente exigido análises sobre a condição das crianças neste macro espaço. Chawla (2002CHAWLA. L. Cities for human development. In.: CHAWLA, L. (Ed.). Growing up in an urbanizing world. Paris: Unesco /Earthscan, 2002. p. 15-34., p. 18) apresenta uma preocupação acerca deste tema, qual seja: "as cidades podem promover o desenvolvimento saudável das crianças [...] deve fazer parte desta vasta discussão sobre as melhores formas de desenvolvimento social, político e econômico para as pessoas como um todo".

O objetivo deste Dossiê Temático é, portanto, explorar modos de vida das crianças na cidade, articulando as dimensões do tempo e do espaço com a lógica social da vida urbana. Fazem parte da coletânea sete artigos, escritos por pesquisadores estrangeiros, baseados nos Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca, Espanha e Portugal; também, colaboram pesquisadores brasileiros baseados em Brasília, Belo Horizonte e Luxemburgo.

O artigo Infância e cidade: um campo de estudo em desenvolvimento, de autoria de Fernanda Müller e Brasilmar Ferreira Nunes, apresenta um ensaio teórico que explora três aspectos, quais sejam: 1) a vinculação dos paradigmas das Ciências Sociais com as crianças e a infância; 2) o tratamento dado à temática infância e cidade a partir de referenciais da Escola de Chicago combinados a estudos contemporâneos; 3) as interações de crianças na cidade. O artigo argumenta pela necessidade de concretização de uma linha de pesquisa acerca da temática infância e cidade, de confluência das áreas de Educação e Sociologia.

O artigo Da Anulação à Revolução: o direito das crianças à cidadania/direito à cidade, de Stuart Aitken, analisa dois casos internacionais envolvendo crianças e jovens - o movimento Izbrisani, da Eslovénia, e a Revolução Pingüinos, do Chile. Aitken realça os contextos urbanos das crianças para explorar temas relacionados à participação ativa na cidade, sobretudo aqueles relacionados ao ativismo e à política. Ainda que aborde situações de marginalização das crianças, sem dúvida extremas, o artigo constrói um quadro teórico robusto - baseado em Lefebvre, Massey, Deleuze, Žižek, Agamben e Rancière - e apresenta uma análise bastante otimista sobre as possibilidades encontradas nos espaços da cidade. Segundo o autor, estes seriam transformativos na medida em que encorajam a mudança e promovem a prática política. Por fim, argumenta que as crianças, o espaço urbano e a política podem sempre ser "re-imaginados".

Pia Christensen é uma referência no campo dos Estudos da Infância e tem demonstrado uma contínua preocupação tanto com as metodologias a serem utilizadas nas pesquisas com crianças, como com a questão urbana da infância. Em parceria com Miguel R. Mikkelsen, Thomas A. S. Nielsen e Henrik Harder, seus conterrâneos dinamarqueses, Christensen apresenta um criativo artigo, Mobilidades cotidianas das crianças: combinando Etnografia, GPS e tecnologias de telefone móvel em pesquisa, que defende dois argumentos: 1) a importância e as possibilidades apresentadas pelos métodos mistos; 2) a mobilidade diária das crianças merece ser entendida como um tema fundamental dos estudos urbanos da infância. Realizada na Dinamarca, a pesquisa inovou ao combinar Etnografia, uso de sistema de posicionamento global (global positioning system - GPS) e um questionário interativo enviado pelo telefone celular. Também, o artigo nos faz pensar sobre a importância da interdisciplinaridade nos Estudos da Infância e sobre a riqueza que a escuta às crianças pode propiciar para a análise.

O artigo de Samy Lansky, Maria Cristina Soares Gouvêa e Ana Maria Rabelo Gomes, Crianças na cidade: cartografia das infâncias, é baseado em uma pesquisa de campo conduzida em Belo Horizonte, mais precisamente no Parque da Barragem Santa Lúcia. O parque, localizado em uma das regiões mais desiguais da cidade, foi entendido como zona de fronteira, onde a observação atenta às crianças sinalizou diferentes relações com o espaço público. O artigo inova ao apresentar a metodologia de estudo, que compreendeu registros cartográficos da relação das crianças com o espaço urbano, e construção de uma cuidadosa "etno-grafia espacializada" - que combina Etnografia e organização dos dados por meio de um sistema de informações geográficas (SIG). O artigo demonstra um exercício interdisciplinar, que analisa a infância e o ambiente urbano a partir de delicadas lentes da Antropologia, campo que tem sido inspirador de pesquisas no campo da Educação.

Inspirada no interacionismo simbólico, na ecologia social e na sociologia da infância, Maria João Leote de Carvalho realiza um estudo de caso etnográfico, com vistas a analisar processos de socialização de crianças em seis bairros da área metropolitana de Lisboa. O artigo Segregação residencial e discriminação étnica na área metropolitana de Lisboa: o olhar das crianças incorpora métodos visuais, dentre eles o desenho, que combinado com conversas e observações, torna evidente a representação das crianças sobre o seu bairro. É importante ressaltar o rigor do trabalho, assim como um cuidado analítico único, ao apreender o olhar da criança sobre os problemas sociais que diretamente a afetam - a segregação espacial e a discriminação étnica.

O artigo Del hogar a la ciudad como camino de ida y vuelta en el desarrollo de la identidad: el caso de las rutinas de la infancia urbana de clase media/alta en Madrid, de autoria de Marta Morgade, David Poveda e Javier Gonzalez-Patiño, apresenta um argumento instigante: de que a casa, o contexto familiar, teria tido suas fronteiras borradas, ou seja: não mais pertenceria nem ao espaço público nem ao privado, mas na fronteira entre ambos. E é justamente a interação das crianças com os meios digitais que, em meio do espaço urbano mais amplo, vai reposicionar a casa como um interstício. Os autores utilizam a fotografia e apresentam um exercício analítico instigante ao conectarem a temática Infância e Cidade àquela relacionada ao uso dos meios digitais e acesso ao capital econômico e cultural.

Em Sobre avós, netos e cidades: entrelaçando relações intergeracionais e experiências urbanas na infância, Anne Carolina Ramos conecta os temas infância, relações intergeracionais de netos e avós e experiências urbanas. Considerando que o espaço só faz sentido a partir das relações nele estabelecidas, o artigo introduz várias questões que merecem prosseguimento em nossas discussões, tais como: socialização, mobilidade urbana, família e sociedade. As costuras analíticas lançam mão de métodos muito bem alinhados às necessidades da pesquisa com crianças: desenhos, colagens, fotografias. Ramos também constrói, junto às crianças, cartografias que exploram o trânsito de 36 crianças "na cidade e entre cidades", prestando atenção aos deslocamentos, afetos gerados e processos de socialização construídos entre estes grupos geracionais, o que nos dá pistas sobre as mais distintas articulações entre espaço doméstico e espaço público.

Esperamos que esta coletânea contribua para o surgimento de muitos outros trabalhos voltados à temática Infância e Cidade.

Fernanda Müller
Brasilmar Ferreira Nunes
Organizadoras

  • ABRAMOWICZ, A.; OLIVEIRA, F. A Sociologia da Infância no Brasil: uma área em construção. Educação, Santa Maria, v. 35, n. 1, p. 39-52, 2010.
  • ARIÈS, P. La infancia. Revista de Educación, España, n. 281, p. 5-17, 1986.
  • BRASIL. Lei Federal nº 9.394, de 26/12/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 17 de agosto de 2014.
    » http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
  • CASTRO, L. R. Subjetividade e cidadania: um estudo com crianças e jovens em três cidades brasileiras. Rio de Janeiro: 7 Letras/Faperj. 2001.
  • ________. A aventura urbana: crianças e jovens no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.
  • CASTRO, L. R.; KOSMINSKY, E. V. Childhood and its régimes of visibility in Brazil: an analysis of the contribution of the Social Sciences. Current Sociology, California, v. 58, n. 2, p. 206-231, 2010.
  • CHAWLA. L. Cities for human development. In.: CHAWLA, L. (Ed.). Growing up in an urbanizing world. Paris: Unesco /Earthscan, 2002. p. 15-34.
  • CORDEIRO, A. C. F.; MENEZES, J. A.;. CASTRO, L. R Oficinas da cidade em Fortaleza. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 53-6, 2002.
  • FARIA, A. L. G.; FINCO, D. (Orgs.) Sociologia da infância no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2011.
  • FARIAS, R. N. P. Infâncias em Brasília: o mapa da cidade, o mapa da mina. 2013. Projeto de Dissertacao de Mestrado (Qualificação de Mestrado em) Educação - Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
  • KUHNEN, A.; SILVEIRA, S. M. Como crianças percebem, idealizam e realizam o lugar onde moram. Psicologia USP, São Paulo, v.19, n. 3, p. 295-316, jul/set. 2008.
  • LANSKY, S. Na cidade, com crianças uma etno-grafia espacializada. 2012. 134 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
  • LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Editora Moraes, 1991.
  • LIMA, M. S. A cidade e a criança. São Paulo: Nobel, 1989.
  • LOPES, J. J. M.; VASCONCELLOS, T. (Orgs.). Geografia da Infância: reflexões sobre uma área de pesquisa. Juiz de Fora: FEME/UFJF, 2005.
  • LOPES, J. J. M.; FREIRE, D. (Orgs.). Infância e Crianças: lugares em diálogos. 1. Cuiabá: EDUFTM, 2012.
  • McKENDRICK, J. H. The Geography of Children: An annotated bibliography. Childhood, Norway, v. 7, n. 3, p. 359- 387, aug. 2000.
  • MAGALHÃES, S. A vida encantadora das ruas. Jornal O Globo. Caderno Opinião. Rio de Janeiro, 20 jul. 2013. Disponível em <http://oglobo.globo.com/opiniao/a-vida-encantadora-das-ruas-9102320> Acesso em 17 de agosto de 2014.
    » http://oglobo.globo.com/opiniao/a-vida-encantadora-das-ruas-9102320
  • MARCHI, R. C. Os sentidos (paradoxais) da infância nas Ciências Sociais: um estudo de sociologia da infância crítica sobre a "não-criança" no Brasil. 2007. 308p. Tese (Doutorado em Sociologia Política) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.
  • MICARELLO, H.; SCHAPPER, I.; LOPES, J. J. M (Orgs.). Itinerários investigativos: infâncias e linguagens. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2012.
  • MÜLLER, F. Retratos da infância na cidade de Porto Alegre. 2007. 217 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
  • NASCIMENTO, M. L. B. P. Infância e Sociologia da Infância: entre a invisibilidade e a voz. Relatório Científico. São Paulo: FEUSP/CNPq, 2013.
  • PENTEADO, A. T. C. Urbanização e usos do território: as crianças e adolescentes em situação de rua na cidade de Campinas/SP. 2012. 243f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
  • QUINTEIRO, J. Sobre a emergência de uma Sociologia da Infância: contribuições para o debate. Perspectiva, Florianópolis, v. 20, p. 137-162, 2002.
  • TEIXEIRA, A. M. A. P. Os olhares das crianças sobre a cidade de Vitória/ES: a escola como um ponto de partida. 2012. 193 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.
  • WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, O. G. (org.) O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1973. p. 90-113.
  • 1
    No contexto internacional, sugerimos a bibliografia anotada construída por McKENDRICK (2000), que apresenta uma lista abrangente da produção na área, ainda que não desprezemos uma produção posterior, nestes quase quatorze anos.
  • 2
    Não é objetivo deste trabalho apresentar um estado da arte da produção nacional sobre a temática Infância e Cidade. Objetivamos somente citar os trabalhos que desenvolveram a temática tanto no plano puramente teórico, como também empírico em diferentes cidades brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Fortaleza, Juiz de Fora, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São José dos Campos, Vitória), a partir dos campos da Educação, Geografia, Arquitetura e Psicologia. Destacamos os trabalhos de Lima (1989); Cordeiro et al (2002); Castro (2001, 2004); Lopes e Vasconcellos (2005); Müller (2007); Kuhnen et al (2008); Lansky (2012); Lopes e Freire (2012); Micarello et al (2012); Penteado (2012); Teixeira (2012); Farias (2013).
  • 3
    O estudo de Nascimento (2013) mapeou os grupos de pesquisa brasileiros voltados ao estudo da Sociologia da Infância. De 23 grupos identificados, 16 situam-se na área da Educação; quatro na área de Psicologia; e somente três no campo da Sociologia. Além de mostrar uma certa predominância de estudos na área de Educação, acaba evidenciado pouco diálogo entre os campos na investigação da infância.
  • 4
    Sobre a emergência e desenvolvimento da Sociologia da Infância no Brasil, sugerimos os trabalhos de Quinteiro (2002); Marchi (2007); Abramowicz e Oliveira (2010); Castro e Kosminsky (2010); Faria e Finco (2011).
  • Errata

    Na Apresentação publicada no número 128, volume 35, da Revista Educação & Sociedade, na página 656, onde se lia:
    Fernanda Müller
    Leia-se:
    Fernanda Müller; Brasilmar Ferreira Nunes

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2014
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