RESUMO:
O cosmopolitismo desponta, na modernidade, como o projeto de uma cultura altamente etnocêntrica e imperialista. Dever-se-ia, porém, em virtude dessa constatação, abandonar qualquer expectativa de uma política de coexistência harmoniosa entre diferentes povos, culturas, países e modos de ser que coabitam nosso mundo? O presente artigo tem por objetivo pensar alguns dos termos e das condições em que uma educação cosmopolítica pode se apresentar como resposta aos diferentes desafios da contemporaneidade, tendo por base a proposta cosmopolítica formulada por Isabelle Stengers notadamente nos textos “La proposition cosmopolitique” (STENGERS, 2007STENGERS, I. La proposition cosmopolitique. In: LOLIVE, J.; SOUBEYRAN, O. (orgs.). L’émergence des cosmopolitiques. Paris: La Découverte , 2007. p. 45-68.) e “Pour en finir avec la tolérance” (STENGERS, 1997STENGERS, I. Pour en finir avec la tolérance. Cosmopolitiques VII. Paris: La Découverte/Les Empêcheurs de Penser en Rond, 1997.).
Palavras-chave:
Cosmopolitismo; Alma-conceito; Corpo-mundo; Formação ética; Etoecologia