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Ruptura geracional induzida e estratégias de gestão: a experiência nas montadoras do sul fluminense

The induced generational rupture and the strategies of management: the experience of car manufacturers in southern Rio de Janeiro

Entre o arsenal de práticas implementadas pelas empresas com as mudanças operadas no mundo do trabalho, nas décadas recentes, a indução do corte entre gerações na força de trabalho pode ser considerada uma das mais frequentes e eficazes. O que está em jogo aqui é uma ruptura geracional induzida, que guarda relações com as mudanças objetivas ocorridas no setor industrial, mas que, sobretudo, são acentuadas e utilizadas no sentido de minar o potencial identitário e coletivo dos trabalhadores. Um dos modelos mais bem acabados dessa prática foi o caso francês, analisado com maestria no clássico Retour sur la condition ouvrière, de Stephane Beaud e Michel Pialoux. A ideia no presente artigo é analisar o caso particular de uso dessa estratégia pelas montadoras instaladas no sul fluminense, avaliando seus impacto concretos no que diz respeito 1) ao possível desarmar da classe operária e de sua forma de resistência; 2) à ruptura geracional; 3) à separação entre "empregáveis" e "não empregáveis"; 4) à possível desarticulação do coletivo operário e 5) à erosão das base tradicionais de transmissão de valores identitários.

Trabalhadores; Trabalho; Gerações; Estratégias gerenciais


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