RESUMO
A educação patrimonial tem sido o lugar preferencial do discurso autorizado sobre o patrimônio, na medida em que reproduz, de forma naturalizada, as narrativas do Estado e a memória do poder, apresentando as escolhas como se fossem representativas de um passado comum, buscando igualar os diferentes e os desiguais. No Brasil, a partir de 2006, essa visão foi sendo problematizada por uma abordagem epistemológica que fez a crítica à trajetória das políticas públicas de patrimônio, apontando para a necessidade de descolonizar a educação patrimonial. Ao mesmo tempo, deu-se a virada nas práticas educativas que se afastaram dos bens consagrados e acautelados para colocar ênfase no patrimônio do cotidiano dos grupos sociais. O objetivo do presente artigo é debater essas questões.
Palavras-claves
Educação; Patrimônio cultural; Inventário participativo; Descolonizar o patrimônio; Cotidiano