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Samuel A. Kirk: um psicólogo educacional

Samuel A. Kirk: a school psychologist

Resumos

O objetivo foi rever aspectos da produção científica e profissional do psicólogo que é considerado o pai do estudo dos problemas e distúrbios de aprendizagem e pai da moderna Educação Especial. Para considerar apenas algumas de suas múltiplas contribuições, é lembrado que ele trabalhou com: pesquisa científica, intervenção precoce; problemas e disfunções da aprendizagem; processos subjacentes; avaliação; remediação; tecnologia educacional e inserção no fluxo regular. Foi professor e orientador.

Kirk; história da Psicologia; Psicologia Escolar


The aim of this paper was to review aspects of the professional and scientific productions of the psychologist considered to be the founding father of the study of learning problems and disabilities and of the modern Special Education. To consider only a few of his many accomplishments it is recalled theit the worked with: scientific research; early intervention; leaning disabilities and problems; underlyng process; evaluation; remediation; educational technology and mainstreaming. He was also teacher and adviser.

Kirk; history of Psychology; School Psychology


COMUNICAÇÃO

Samuel A. Kirk: um psicólogo educacional

Samuel A. Kirk: a school psychologist

Geraldina P. Witter

Psicóloga, Mestranda em Psicologia Escolar pela PUC-Campinas

RESUMO

O objetivo foi rever aspectos da produção científica e profissional do psicólogo que é considerado o pai do estudo dos problemas e distúrbios de aprendizagem e pai da moderna Educação Especial. Para considerar apenas algumas de suas múltiplas contribuições, é lembrado que ele trabalhou com: pesquisa científica, intervenção precoce; problemas e disfunções da aprendizagem; processos subjacentes; avaliação; remediação; tecnologia educacional e inserção no fluxo regular. Foi professor e orientador.

Palavras chave: Kirk, história da Psicologia, Psicologia Escolar.

ABSTRACT

The aim of this paper was to review aspects of the professional and scientific productions of the psychologist considered to be the founding father of the study of learning problems and disabilities and of the modern Special Education. To consider only a few of his many accomplishments it is recalled theit the worked with: scientific research; early intervention; leaning disabilities and problems; underlyng process; evaluation; remediation; educational technology and mainstreaming. He was also teacher and adviser.

Key-word: Kirk, history of Psychology, School Psychology.

Certamente nenhuma contribuição ao desenvolvimento científico pode ser desconsiderada quer em si mesma, quer pelas sugestões e trabalhos que possam dela decorrer. Entretanto há pesquisadores que apresentam contribuições que se tornam marcos na história do conhecimento em alguma área. Este é o caso de Samuel A. Kirk (1904-1996), psicólogo que contribuiu de forma marcante para a Psicologia do Excepcional e para a Psicologia Escolar/Educacional. Entretanto é pouco conhecido no Brasil.

Vaughn (1998) lembra o inegável impacto de Kirk na educação especial, sendo considerado o pai e quem cunhou a expressão learning desabilities (L.D.), área do conhecimento para a qual contribuiu significativamente ao longo de sua vida.

Pelo que a Autora do presente texto pode lembrar, seu primeiro contato com o autor Kirk (1953) foi através de um artigo publicado no periódico Excepcional Children, como qual se deparou na busca de material bibliográfico para um trabalho curricular ainda na graduação. Nele Kirk, com estilo claro e precisão, tecia considerações sobre a educação especial dentro de um enfoque renovador que ainda não chegou ao Brasil em sua plenitude. Mais tarde, reencontrou-o em textos de educação especial, de leitura, de psicolingüística, de avaliação, tanto em cuidadosos e inovadores textos teóricos como em relatos de pesquisas. Sempre havia o que se aprender em seus escritos.

Mais tarde, já no curso de pós-graduação, na antiga FFLCH da USP, teve oportunidade de ler o Educating lhe Excepcional Children (Kirk, 1962, p.263), no qual, pela primeira vez fez referência a LD como um "retardo distúrbio ou atraso no desenvolvimento em um ou mais dos seguintes processos: fala, linguagem, leitura, escrita ou aritmética, resultantes de possível disfunção cerebral e/ou emocional ou distúrbio comportamental e não de retardo mental, privação sensorial, privação cultural ou fatores instrucionais".

A obra na época causou grande impacto conceitual, administrativo e prático na educação especial especialmente nos países de língua inglesa. Mais tarde, em um breve artigo publicado em 1983, Kirk e Kirk retomaram a questão da conceituação criticando a definição, que várias entidades procuraram elaborar como consenso, por ser muito ampla incluindo qualquer dificuldade de aprendizagem ou limitações como a cegueira, surdez etc. Temiam que a expressão passasse a ser saco imenso onde fossem jogados todos os problemas. Certamente isto prejudicaria o atendimento às crianças com problemas distintos e não haveria continuidade no atendimento. Reconhecem que há necessidade de um eliminar a nebulosidade da área com melhor operacionalização, mas é preciso discriminar as várias condições para garantir melhor atendimento.

Estes poucos parágrafos parecem suficientes para situar o leitor quanto a esfera de atuação do autor título do presente texto.

O presente trabalho objetiva resgatar um pouco do que representou e representa ainda a contribuição de Kirk no cenário psicoeducacional.

Muitas foram as homenagens que lhe foram prestadas após seu desenlace. Entre elas há um número especial do Learning Disabilities Research & Practiceque chamou a atenção da Autora pela estrutura dada ao conjunto dos trabalhos, cada qual enfocando um aspecto do homem Kirk. Este número especial serviu de alicerce principal para o presente texto.

Trata-se do primeiro número de Learning Disabilities Research & Practicede 1998 que apresentou uma sessão (8 artigos e uma apresentação) em homenagem ao grande mestre, profissional e pesquisador Kirk. Os autores reconhecem a influência significativa que ele teve em suas vidas tanto no aspecto privado como profissional. Sua contribuição na formação de recursos humanos foi marcante e tudo o que ele esperava em retorno, como lembra Chalfant (1998: 2) "era que cada um desse o melhor de si para fazer a diferença, para melhorar a educação das pessoas com necessidades especiais".

Chalfant (1998) lembra-o como um dos pioneiros da educação especial nos EEUU, os quais começaram como professores de crianças com problemas de aprendizagem, criaram instrumentos de diagnóstico, desenvolveram tecnologias educacionais especiais, pesquisaram, produziram textos científicos e formaram pessoas e que alguns, como Kirk, nas décadas posteriores aos anos 50, impulsionaram a educação especial não só nos EEUU como em outros países.

Quando começou a trabalhar na área educacional não havia apoio federal legal para a educação especial e nem as universidades estavam envolvidas e promovendo a formação de recursos humanos para a área, apenas trabalhos individuais sobre diagnóstico e sobre problemas de leitura pontuavam o cenário. Kirk contribuiu para mudar este cenário.

Kirk fez a sua formação entre 1925 e 1935, tendo obtido o grau de mestre na University of Chicago (Psicologia) e o doutorado na University of Michigan (Psicologia Clínica e Fisiológica) neste mesmo período passou a interessar-se pelos que tinham problemas de aprendizagem, especialmente pelos que não aprendiam a ler. Este interesse levou-o a direcionar sua vida profissional nesta direção, permanecendo a vida toda como um estudioso e pesquisador desta área até seus oitenta anos quando um derrame passou a limitá-lo em termos de uso da linguagem e prejudicou sua compreensão. Todavia permaneceu curioso e interessado até sua morte.

Kirk começou sua carreira docente na Milwaukee State Teachers College, mais tarde transformada na University of Wisconsin Milwaukee, tendo sido diretor (1935-1947) da Division of Exceptional Children. Desde o princípio destas atividades ganhou a admiração e o respeito de seus alunos. Mesmo exigindo disciplina e sendo rigoroso não descuidava do papel de conselheiro e amigo afetivo, sendo paciente com os alunos. Lener (1998) lembra como era observador atento e quanto informalmente se aprendia com ele sobre avaliação e ensino nos contatos diversos.

A busca da interdisciplinaridade se faz presente no trabalho de Kirk tanto das várias áreas da Psicologia como de outras ciências, notadamente a Fisiologia. A Kirk deve-se a criação do primeiro instituto multidisciplinar voltado para as necessidades da criança excepcional. Trata-se do Institute for Research on Exceptional Childrenda University of Illinois (Gallagher, 1998). Também teve profunda influência no University of Kansas Center for Research on Learning (Deshler, 1998).

Segundo Chalfant (1998), Kirk considerava que a formação profissional e do pesquisador devia começar com especialização, passar pelo mestrado até chegar ao nível de doutorado. Trabalhou em todos estes níveis, orientou e foi consultor de várias universidades na criação de cursos nestes níveis para formar pessoas para a educação especial.

O trabalho em cooperação com alunos, ex-alunos e colegas também está presente em sua produção. Preocupado em tornar o conhecimento e o linguajar científico mais compatível como consumidor da ciência sugeriu a Chalfant (1998) rever seu modelo de processamento central da informação para usar uma linguagem menos fechada. Surgiu então a expressão developmental learning disabilities, (problemas de aprendizagem relacionados ao desenvolvimento), descrevendo disfunções neurofisiológicas relacionadas com o desempenho acadêmico (atenção, memória, percepção, pensamento, linguagem oral). A expressão academic disabilities ficou para explicitar as disfunções e problemas de leitura, escrita, soletração, expressão verbal e aritmética.

Uma de suas colaboradoras freqüentes foi a esposa Winifred Kirkque com ele e Kames escreveu, em 1955 a primeira obra para pais de crianças retardadas como registra Mather (1998). Trata-se do livro You and your retarded child: a manual for parents of retarded children. Foi também com ela e McCarthy, que após dez anos de trabalho, apresentou o Illinois Test of Psycholinguistic Abilities, em 1968. Ainda com a esposa lançaria mais tarde uma obra com lições para remediação da oralidade. O Illinois Test of Psycholinguistic Abilities é amplamente usado e pesquisado não só no seu país de origem. No Brasil, nos cursos de Psicolingüística que a Autora ministrou, este foi sempre um dos instrumentos objeto de estudo e pesquisa.

Pelo o que seus alunos, orientandos e colegas relatam, bem como pela produção dele com seus orientandos e mesmo a assinada apenas pelos últimos, pode-se considerar que Kirk foi um excelente professor em todos os níveis de ensino. Era hábil no trabalho com crianças e jovens com problemas de aprendizagem e competente na formação de futuros professores para a educação especial. Também formou mestres e doutores. Na formação de recursos humanos, a ênfase era no modelo do profissional pesquisador, podendo os alunos ter no próprio Pai da Educação Especial Contemporânea o exemplo a seguir.

Desta forma, em Mather (1998) encontra-se a confirmação desta impressão pessoal da Autora do presente trabalho. Malher lembra também que ele considerava importante que os interessados em atuar na área conhecessem a história do campo, seus primórdios, os primeiros pensadores. Esperava muito de seus alunos mas também era muito dedicado aos mesmos, iniciando-os na pesquisa.

Kirk teve uma expressiva participação no serviço público, tendo liderado o Council for Exceptional Children; organizado e dirigido, a pedido do Presidente Kennedy, a Division for Handicapped Children and Youth do U.S. Office of Education; foi um dos responsáveis pela criação do Bureau of Education for Handicapped no U.S. Department of Education; influenciou o Congresso para liberação do verbas para o setor e sempre conseguiu apoios financeiros diversos para atender aos aprendizes atípicos e para a pesquisa na área; como fazer passar no congresso a Cooperative Research Bill (1954) que deu mais de um milhão de dólares para pesquisa educacional com excepcionais (Gallagher, 1998).

Sua atuação em Washington DC e nos vários órgãos estatais e associações científicas é bem conhecida e já tem sido objeto de pesquisas (Lerner, 1998). Anteriormente ao seu trabalho em termos federais já havia se destacado na conquista de legislação para atender aos excepcionais nos estados. Gallagher (1998) lembra que a ele e a Graham se deve a primeira legislação a respeito no Estado de Illinois.

Vale lembrar seu trabalho no período da II Grande Guerra quando trabalhou para o Pentágono desenvolvendo programas para ensinar aos soldados analfabetos o domínio da leitura e da escrita.

Este não foi o primeiro trabalho de Kirk na área de leitura, que desde meados da década de 30 já vinha publicando artigos resultantes de um trabalho associando atuação-pesquisa (Bos & Vaughn, 1998) tendo sido influenciado por Monroe, Fernald e Watson. Seu trabalho e formação o levaram a ter particular interesse pelos que apresentaram dificuldades ou não conseguiam aprender a ler. A partir de sua vivência profissional e de suas pesquisas propôs três estágios para a aquisição da leitura: leitura de todo (a criança "lê" sentenças como um todo remetendo-as na memória, podendo não estar ciente dos limites das palavras, "lê histórias" por experiência de ter ouvido ler); aprendizagem de detalhes (progressivamente toma consciência de detalhes, por exemplo, diferencia o de a) e leitura sem precisar estar ciente de detalhes das letras e vocábulos, gradativamente há o abandono da necessidade de apoiar-se em detalhes. Tinha um enfoque de desenvolvimento da leitura que seguia estes estágios.

Valorizou desde o início de seus trabalhos o desenvolvimento de habilidades pré-Ieitura (maturidade mental, linguagem oral, memória, discriminação auditiva e visual, enunciação, pronúncia, capacidade motora, maturidade visual e motivação).

Bos & Vaughn (1998) destacam três pontos na contribuição de Kirk para os estudos da leitura: (a) sua constante busca de respostas de como as crianças aprendem a ler; (b) seu trabalho como pesquisador, integrando atuação profissional e pesquisa e (c) empenho em emparelhar a instrução ao nível da criança de modo a assegurar êxito na aprendizagem.

Estes são pontos com os quais todos que trabalharam, trabalham ou trabalharão com leitura devem estar sempre preocupados. O exemplo de Kirk é notável.

É impossível falar de Kirk sem lembrar seu empenho em desenvolver estratégias de ensino e remediação da leitura-escrita para crianças e jovens com problemas de aprendizagem.

Lener (1998) lembra que os princípios que ele estabeleceu em 1979 para um bom programa são ainda válidos e atuais já que ele estava muito adiante de seu tempo. Estes princípios são: (1) considerar o nível de maturação da criança antes de começar o ensino formal da leitura; (2) escolher o material de leitura apropriado ao nível de dificuldade do estudante; (3) fornecer instrução direta e sistemática; (4) fornecer muitas oportunidades para a criança ler materiais fáceis e agradáveis; (5) fornecer orientação para o desenvolvimento de independência nas habilidades de ataque às palavras; (6) motivar os alunos com materiais de leitura fáceis e interessantes; (7) fazer a educação prática e poderosa para a vida após a escola e (8) introduziu atividades de leitura da vida diária: jornais, revistas, instruções, formulários etc.

Para Gallagher (1998), talvez a principal contribuição científica de Kirk à educação tenha sido o reconhecimento de um grupo diferenciado de excepcionais – os com dificuldades específicas de aprendizagem – requerendo programas especiais.

Kirk e Chalfant (1984, apud Minskoff, 1998) estipularam os passos do enfoque diagnóstico prescritivo, também denominado enfoque de diagnóstico-remediativo e diagnóstico-aprendizagem. Estes passos são: (1) avaliar as necessidades especiais físicas, intelectuais, emocionais e educacionais da criança; (2) determinar o foco da instrução a ser seguido durante o desenvolvimento de objetivos anuais e a curto prazo dos Programas Individuais de Educação; (3) decidir como a instrução deve ser aplicada através da análise de tarefas e de técnicas instrucionais especializadas e (4) medir o progresso da criança após passar pelo programa de educação especial.

A avaliação mereceu especial atenção de Kirk que trabalhou principalmente em três áreas: ampla avaliação do estudante com deficiências, teste de diagnóstico e análise dos diferentes padrões das pessoas atípicas. Estas foram áreas em que atuou profissionalmente e como pesquisador. A concepção do processamento cognitivo ou psicológico ou ainda da informação subjaz sob seu trabalho.

Kirk também manteve interesse e atuou em outras áreas da educação e em problemas sociais diversos. Considerava que se todos tivessem oportunidades educacionais e para se desenvolverem, como conseqüência, seriam resolvidos outros problemas. "Ele era um crente na educação, em geral, como uma das forças diretrizes da sociedade moderna" (Gallagher, 1998:14).

Minskoff (1988: 20) também atesta o otimismo e a crença de Kirk, de que a educação traria para o estudante atípico um futuro melhor. Ao investir nesta proposição espera-se um diagnóstico prescritivo individualizado; uma análise do seu processamento cognitivo para melhoria da instrução; uso de vários enfoques de instrução baseados nos resultados dos programas de remediação e que "as ações de cada educador que interage com crianças que têm deficiências sejam baseadas na crença incondicional de que todos podem aprender".

Esta é uma crença que a Autora deste artigo partilha com Kirk de há muito tempo, sem que jamais tenha encontrado resultados em oposição. É preciso acreditar na educação especial. Mais do que isto, acreditar no potencial humano ainda que problemático para fazer de cada ser um ser especial e dar a cada um o que precisa para aprender e se desenvolver. Kirk não só acreditou mas fez outros acreditarem.

Kirk produziu não só para sua época, sua produção marcou este século mas, como lembra Chalfant (1998) ela se projeta para o futuro e o constante conselho dele aos que se punham a formular questões é válido para sempre: trabalhe, pesquise , é o melhor a fazer.

REFERÊNCIAS

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  • VAUGHN,S. (1998). Preface to te special section in honor of Samuel A. Kirk. Learning Disabilities Research & Practice, 13(1),1.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Jun 2015
  • Data do Fascículo
    Abr 1999
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