Resumo
Este trabalho apresenta a psicoterapia infantil na perspectiva cultural e histórica. Tem por objetivo compreender o movimento dos processos e formações subjetivas, em contexto psicoterápico, por meio de ações e relações desenvolvidas em um ateliê de arteterapia. Trata-se da discussão teórico-metodológica de registros elaborados pela autora/terapeuta em atendimentos a uma menina de quatro anos. A análise e construção das informações inspiraram-se nos princípios da Epistemologia qualitativa propostos por González Rey, que discute a ênfase do singular, a relação dialógica e o caráter construtivo-interpretativo, reconhecendo, na psicoterapia, o fazer artístico como condutor de novos processos de subjetivação do indivíduo. A presente pesquisa evidencia que os novos sentidos subjetivos, produzidos a partir dos tensionamentos provocados, proporcionaram condições para a produção de outras e novas configurações subjetivas.
Palavras-chave:
Arteterapia; Psicoterapia; Subjetividade