Resumo
Este estudo objetivou adaptar e levantar evidências de validade com base na estrutura interna, na relação com outras variáveis e de conteúdo da Escala de Medo da COVID-19 (EMC-19, Fear of COVID-19 Scale) para português brasileiro. Para tanto, realizou-se a Análise Fatorial Confirmatória da medida e sua análise de invariância por sexo; ademais, estabeleceu--se normas para interpretação dos escores do instrumento. Fizeram parte da pesquisa 1.000 adultos, de ambos os sexos. Os resultados evidenciaram que todos os índices de ajuste foram satisfatórios, confirmando a unidimensionalidade da escala, bem como sua invariância. Constatou-se, ainda, que houve validade convergente entre a EMC-19 e o estresse dos participantes. Além disso, foram propostos estratos de classificação da intensidade do medo (leve, moderado e severo) com base na normatização dos escores. Por fim, concluiu-se que a EMC-19 apresenta evidências suficientes que recomendam a sua utilização para medida do medo da COVID-19 no Brasil.
Palavras-chave
Análise fatorial confirmatória; Coronavírus; Psicologia da saúde; Norma