O cancro bacteriano da videira (Vitis vinifera), causado por Xanthomonas campestris pv. viticola, foi primeiramente detectado no Brasil em 1998, em parreirais no município de Petrolina, Vale do São Francisco, Pernambuco. A doença foi também observada em Juazeiro, Bahia, e mais tarde nos estados de Piauí e Ceará. Devido à sua limitada distribuição geográfica e relativamente recente detecção no Brasil, pouco se conhece sobre a biologia e diversidade do patógeno. Padrões genômicos de rep-PCR foram gerados a partir do DNA purificado de 40 isolados de X. campestris pv. viticola, coletados entre 1998 e 2001, em diferentes localidades dos estados de Pernambuco, Bahia e Piauí. A análise combinada dos padrões obtidos com os "primers" REP, ERIC e BOX, mostraram alta similaridade entre os isolados brasileiros e o isolado tipo NCPPB 2475, originário da Índia. Os isolados brasileiros apresentaram padrões similares e algumas bandas diagnósticas, presentes em todos os isolados. Os padrões foram distintos dos isolados de outros patovares e de um isolado não-patogênico obtido de folhas de videira. O polimorfismo observado entre os isolados brasileiros permitiu a diferenciação de cinco subgrupos, sem nenhuma relação com cultivar de origem, local ou época de coleta.
diversidade; cancro bacteriano; Vitis vinifera; DNA repetitivo