Resumo
Introdução
A escoliose idiopática do adolescente (EIA) provoca alterações na conformidade da caixa torácica. Essas alterações podem estar associadas ao prejuízo da função pulmonar e à redução da capacidade funcional de exercício desses adolescentes.
Materiais e métodos
O estudo foi realizado em delineamento transversal no qual foram avaliadas a correlação entre a capacidade funcional de exercício, função pulmonar e a geometria da caixa torácica de 27 pacientes em diferentes estágios da EIA. Para avaliação da geometria torácica foram criados ângulos/distâncias (A/D) que foram quantificados pelo Software de Avaliação Postural. Foram realizadas manovacuometria, espirometria e a capacidade funcional de exercício foi avaliada por meio de um analisador de gases portátil durante o incremental shuttle walk test (ISWT).
Resultados
As regressões lineares mostraram que o consumo de oxigênio se correlacionou com a distância caminhada no ISWT (R2 = 0,52), as pressões respiratórias máximas, o pico de fluxo de tosse (R2 = 0,59) e alguns marcadores de deformidade torácica (D1, D2 e A6).
Discussão
Observamos que a alteração da geometria da caixa torácica, a função pulmonar e a força dos músculos respiratórios estão associadas à capacidade funcional de exercício e podem prejudicar o desempenho das atividades físicas dos pacientes com EIA.
Considerações finais
Existe correlação entre a capacidade funcional de exercício, função pulmonar e a geometria da caixa torácica em pacientes com EIA. Nossos resultados apontam o possível impacto da EIA nas atividades físicas desses adolescentes.
Caixa torácica; Teste de função pulmonar; Mecânica respiratória; Escoliose