Resumo
Introdução:
Indivíduos que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE) apresentam repercussões sensoriomotoras em membro superior ipsilesional, se tornando importante a utilização de testes que possibilitem a avaliação e o acompanhamento adequado de tais déficits. Profissionais da reabilitação, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, comumente utilizam testes de força de preensão máxima para avaliar as condições funcionais de indivíduos após um AVE. Porém, será que apenas um teste é capaz de caracterizar a funcionalidade das mãos?
Objetivo:
O objetivo desse estudo foi examinar a relação do desempenho entre testes comumente utilizados para descrever a função manual do membro ipsilesional de indivíduos que sofreram um AVE.
Métodos:
Vinte e dois indivíduos pós AVE realizaram quatro testes: força de preensão palmar máxima (FPPMax), força de preensão digital máxima (FPDMax), teste de função manual Jebsen-Taylor (TFMJT) e teste dos nove pinos nos buracos (9-PnB). Todos os testes foram realizados com a mão ipsilesional. Foram realizados testes de correlação de Pearson entre os resultados obtidos em cada teste.
Resultados:
Os resultados indicaram uma relação positiva e moderada apenas entre TFMJT e FPPMax (r = 0,50) e entre o desempenho no TFMJT e no teste dos 9-PnB (r = 0,55).
Conclusão:
Conclui-se que a existência de relações de fraca a moderada demonstra a necessidade de utilização de pelo menos dois instrumentos, para que se possa descrever melhor a funcionalidade das mãos de indivíduos pós AVE.
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral; Mãos; Avaliação da Deficiência.