Resumo
Introdução:
A fraqueza muscular de membros inferiores (MMII) é uma das principais deficiências do Acidente Vascular Encefálico (AVE), associada à redução da mobilidade e da execução de tarefas funcionais. Portanto, é necessária a avaliação da força muscular desses segmentos, o que é comumente realizado com a dinamometria portátil.
Objetivos:
Verificar os protocolos utilizados para a avaliação da força muscular de MMII com o dinamômetro portátil em indivíduos pós-AVE e as propriedades de medida investigadas.
Métodos:
Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE/SCIELO/LILACS/PEDro com combinação de termos específicos, seguida de busca manual ativa. Dois examinadores independentes analisaram os estudos e extraíram as informações.
Resultados:
Foram incluídos 30 estudos, sendo os grupos musculares do joelho os mais comumente avaliados (90%), seguido do tornozelo (66,7%) e quadril (63,3%). Em 5% dos estudos, não houve qualquer descrição do posicionamento dos indivíduos, do equipamento e nem da estabilização adotada. Apenas 50% relatou o número de repetições e apenas 46,7% o tempo da contração muscular, sendo três repetições e cinco segundos de contração os mais utilizados. Poucos relataram uso de feedback imediato e verbal (10%) e demonstração (23,3%) antes da coleta dos dados. Apenas sete estudos (23,3%) investigaram as propriedades de medida do dinamômetro portátil, sendo investigada a confiabilidade com resultados significativos, de moderada a elevada magnitude.
Considerações finais:
Não houve uma padronização clara dos protocolos utilizados na avaliação da força muscular de MMII com o dinamômetro portátil em indivíduos pós-AVE e apenas uma propriedade de medida foi investigada: a confiabilidade, com resultados adequados.
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral; Dinamômetro de Força Muscular; Força Muscular; Extremidade Inferior; Avaliação.