Resumo
Introdução:
As atividades da vida diária (AVD's) na doença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC) são poucas toleradas pelo fato de estarem associadas a alterações ventilatórias e metabólicas. A simples elevação dos membros superiores altera o recrutamento muscular, resultando em assincronia toracoabdominal, aumento da dispneia, podendo interferir na sua qualidade de vida (QV).
Objetivo:
relacionar as forças musculares da cintura escapular(CE), tronco(T) e preensão palmar(PP) com os graus de dispneia nas AVD´s e secundariamente correlacioná-las com a QV em indivíduos com DPOC.
Materiais e Métodos:
Foram avaliados 09 indivíduos com DPOC (III e IV) do sexo masculino - grupo DPOC (GDPOC) e 09 indivíduos saudáveis sedentários - grupo controle (GC). Todos foram submetidos às seguintes avaliações: prova de função pulmonar, forças musculares da CE, T, PP e questionários.
Resultados:
Na análise intergrupos constatou que as variáveis espirométricas do GDPOC foram significativamente menores comparados aos do GC. Na análise intragrupo, para as medidas das forças musculares, observou-se diferença significativa para PP, T e CE entre ambos os grupos (GDPOC com média menor que GC). Somente na força da CE houve correlação positiva com as AVD´s e QQV.
Conclusão:
Concluímos que indivíduos do GDPOC possuem, além do comprometimento pulmonar, apresentam diminuição significativa da força muscular da CE, T e PP quando comparado ao GC. Somente na força da CE houve correlação positiva com os graus de dispneia nas AVD´s e na QV. Sendo assim, a reabilitação pulmonar é um importante instrumento para o fortalecimento dessa musculatura proporcionando possivelmente um impacto positivo nos graus de dispneia durante as AVD´s e refletindo na QV. [K]
Palavras-chave:
DPOC; Força muscular; Cintura escapular; Qualidade de vida; AVD's.