Resumo
Introdução: Lesões da medula espinhal (LME) afetam a independência funcional. Poucos estudos avaliam a independência funcional nessa população no Brasil.
Objetivo: Avaliar a independência funcional de indivíduos com LME no Brasil e explorar a associação entre a independência funcional e fatores pessoais, sociais, da lesão, vesicais e intestinais.
Métodos: Dados de 121 indivíduos com LME sobre independência funcional, fatores pessoais, demográficos, de lesão, bexiga e intestino foram coletados por entrevista e analisados. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman e o teste U de Mann-Whitney com nível de significância de p < 0,01 para as correlações e p < 0,05 para os testes post hoc.
Resultados: A região do nível neurológico teve a correlação mais substancial com a independência funcional (0,370 a 0,570, p ≤ 0,001), seguida pelo sexo (0,270, p = 0,003), classificação da American Spinal Injury Association (ASIA) Impairment Scale (AIS) (0,345, p = 0,001) e padrões intestinais (−0,295, p = 0,001) e de bexiga (−0,281 a −0,334, p ≤ 0,002).
Conclusão: A região do nível neurológico emergiu como o fator não modificável mais significativo que influencia a independência funcional. Fatores como sexo, classificação da AIS e padrões de bexiga e intestino, embora demonstrem associações mais fracas, co-ntinuam relevantes para a independência funcional.
Palavras-chave:
Traumatismos da medula espinal; Reabilitação; Estado funcional
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Note: SC= self-care; RSM = respiration and sphincter management; M= mobility.
Note: AIS = American Spinal Injury Association Impairment Scale; RSM = respiration and sphincter management; M = mobility.