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Apneia obstrutiva do sono: efeitos agudos do CPAP sobre variáveis polissonográficas

Introdução

O uso de ventilação não invasiva sob a forma de Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) está entre as principais opções terapêuticas no manejo de pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS). No entanto, os efeitos obtidos logo na primeira noite de uso do CPAP ainda são pouco relatados.

Objetivo

Avaliar os efeitos agudos do CPAP sobre variáveis polissonográficas em pacientes com AOS.

Materiais e métodos

Trata-se de uma série de casos, com um total de 31 pacientes (55,8 ± 11,4 anos; 22 homens) em fase inicial de tratamento com o CPAP no Instituto do Sono de Santa Maria (RS). Os sujeitos foram avaliados pela polissonografia sem e com CPAP (10,2 ± 3,1 cmH2O), em dias diferentes, por meio das seguintes variáveis: estágios do sono 1, 2 e 3 (N1, N2 e N3), sono REM (rapid eyes moviment), índice de apneia e hipopneia (IAH), IAH no sono REM (IAHREM) e índice de microdespertares (IMD).

Resultados

Houve diminuição com o uso do CPAP no N2 (p < 0,001), IAH (p < 0,001), IAHREM (p < 0,001) e IMD (p = 0,001). O N3 (p = 0,006) e o sono REM (p < 0,001) aumentaram durante a noite com o CPAP.

Conclusão

Este estudo demonstrou que o CPAP, logo na primeira noite de sua utilização, promove um maior equilíbrio entre as fases e melhora na qualidade do sono de pacientes com AOS. Esses resultados devem ser apresentados aos pacientes e aos seus familiares, visando estimular maior adesão na fase inicial do tratamento com o CPAP.

Apneia obstrutiva do sono; Pressão positiva contínua nas vias aéreas; Polissonografia


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