Resumo
Introdução:
Deficiências motoras são prevalentes após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), necessitando de atendimento fisioterápico (AF). Na atenção básica (AB) do Sistema Único de Saúde, os fisioterapeutas fazem parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Objetivo:
Descrever o perfil da RF do NASF aos indivíduos pós-AVC usuários da AB.
Métodos:
Os prontuários de todos indivíduos pós-AVC (n=44) foram analisados. Com o reconhecimento de palavras-chave, realizou-se análise de frequência das condutas do AF. Em seguida, os indivíduos foram avaliados quanto à auto-percepção de saúde e incapacidade (Escala Modificada de Rankin).
Resultados:
A maioria avaliou sua saúde como razoável ou ruim (61%) e 31,8% apresentaram incapacidade severa. Apesar disso, apenas 45,5% dos prontuários apresentava registro de assistência do NASF, sendo o AF o mais frequente: 36,4% receberam AF, com um total de 35 atendimentos. Desses, 94,2% foram em domicílio, contemplando as seguintes condutas: orientação (93,8% dos casos), avaliação (87,5%), tratamento (50%), acompanhamento (37,5%), encaminhamento a outro serviço ou para acadêmicos da fisioterapia (18,8%) e encaminhamento a outro profissional do NASF (12,5%).
Conclusão:
Apesar de ser o profissional do NASF com atendimento mais frequente, a minoria dos prontuários apresentava registro de AF. Os atendimentos ocorreram, principalmente, em domicílio, revelando que a prática profissional pauta-se em atendimentos individualizados. A grande quantidade de orientação ilustra que a fisioterapia na AB contempla o empoderamento como cuidado à saúde. O acompanhamento foi uma prática pouco frequente, apesar de estabelecido em guias clínicos que indivíduos pós-AVC devem ser acompanhados pelo menos anualmente pela equipe de reabilitação.
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Fisioterapia; Acidente Vascular Cerebral