Resumo
Introdução:
Os novos critérios de diagnóstico da fibromialgia (FM) contemplam a presença de dor crônica e generalizada associada a outros sintomas como fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e depressão. Todos estes sintomas deveriam ser considerados durante o pensamento e tomada de decisão clínica de fisioterapeutas que lidam com a FM. Contudo, percebe-se que os demais sintomas que acompanham a dor são muitas vezes negligenciados.
Objetivo:
Mensurar os níveis de fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e depressão em pacientes com FM e compará-los aos níveis encontrados em controles saudáveis.
Métodos:
Quarenta e seis mulheres com diagnóstico de FM e 30 controles saudáveis participaram do estudo. Os níveis de cada um dos sintomas foram avaliados por questionários validados no Brasil (Escala de Fadiga de Piper - Revisada, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, Inventário de Ansiedade de Beck e Inventário de Depressão de Beck). A análise estatística foi realizada no software GraphPadPrism e todos os testes utilizaram nível de significância de 5% (α = 0,05).
Resultados:
As pacientes com FM apresentaram níveis significativamente elevados de fadiga (p = 0,0005), distúrbios do sono (p = 0,003), ansiedade (p = 0,0012) e depressão (p = 0,0003) quando comparadas a controles saudáveis. Os sintomas fadiga e depressão se correlacionaram fortemente e positivamente entre si e com os demais sintomas avaliados.
Conclusão:
Os demais sintomas que compõe o quadro clínico da FM precisam ser considerados não só no intuito de recuperar a saúde dos pacientes, mas, sobretudo na tentativa de preservá-la e promovê-la.
Palavras-chave:
Fibromialgia; Fadiga; Sono; Ansiedade; Depressão