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Consequências da respiração oral em adultos: função ventilatória e qualidade de vida

Introdução

A respiração oral pode afetar o sistema respiratório e a qualidade de vida e, crianças que crescem com este estímulo podem trazer implicações em aspectos físicos e psicológicos na idade adulta.

Objetivo

Avaliar as consequências da respiração oral na infância na função ventilatória e qualidade de vida de adultos.

Materiais e métodos

Estudo prospectivo, observacional e transversal com 24 adultos, entre 18 e 30 anos, respiradores orais na infância (ROI). O grupo respiradores nasais na infância (RNI) foi composto por 20 adultos da mesma idade, sem história de doença respiratória até o momento. Foram avaliadas as medidas das pressões respiratórias máximas, pico de fluxo expiratório e teste de caminhada de 6 minutos (TC6). Todos os voluntários responderam o questionário de qualidade de vida Short Form-36 (SF-36).

Resultados

As pressões inspiratória (p = 0,001) e expiratória (p = 0,000) máximas e a distância percorrida no TC6’ (p = 0,003) foram menores no grupo ROI. O grupo ROI também apresentou um escore menor no domínio Estado Geral de Saúde do questionário SF-36 (p = 0,002).

Conclusão

A respiração oral na infância provoca consequências na função ventilatória na idade adulta, com diminuição na força muscular respiratória e na capacidade funcional ao exercício. Porém, esta trouxe pequena implicação na qualidade de vida dos sujeitos desta pesquisa.

Respiração bucal; Qualidade de vida; Músculos respiratórios; Tolerância ao exercício


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