Resumo
Introdução
As complicações decorrentes da hospitalização por COVID-19 têm grande impacto na saúde física dos indivíduos. Uma das consequências que merece atenção é a fraqueza muscular, que pode ser influenciada por diversos fatores, ge-rando consequências que podem necessitar de reabilitação.
Objetivo
Relacionar o grau de força muscular periférica e respiratória com variáveis sociodemográficas, clínicas e de internação próximo à alta após internação por COVID-19.
Métodos
Este estudo transversal analisou dados de 52 pa-cientes hospitalizados por COVID-19 que foram entrevistados próximo à alta para determinar perfis sociodemográficos e clínicos e que foram submetidos a testes de força muscular. A força muscular periférica foi avaliada pela escala do Medical Research Council, e a força respiratória foi determinada de acordo com a pressão inspiratória e expiratória máxima medida com vacuômetro. Os dados de internação foram coletados dos prontuários dos pacientes.
Resultados
A força periférica esteve reduzida em 53,9% da amostra e as variáveis relacionadas (p < 0,05) foram idade, peso, câncer, hipertensão, fisioterapia e número de sessões de fisioterapia. A força inspiratória foi reduzida em 50% dos indivíduos e a força expiratória em 60% dos indivíduos, e essas reduções foram relacionadas (p < 0,05) ao sexo, pressão arterial elevada, idade e peso.
Conclusão
Próximo à alta hospitalar da COVID-19, mais de 50% dos pacien-tes apresentavam fraqueza muscular periférica e respiratória associada à idade avançada, hipertensão e baixo peso. Aqueles com fraqueza periférica receberam mais fisioterapia e tiveram mais doenças oncológicas, enquanto a fraqueza respiratória foi mais comum em homens. Isto ressalta a importância de medidas preventivas e programas de reabilitação pós-hospitalização, incluindo fisioterapia, para a recuperação da força muscular.
COVID-19; Hospitalização; Pressões respirató-rias máximas; Força muscular; Modalidades de fisioterapia