Resumo
Introdução:
O controle postural é um constructo multidimensional modulado pela integração de informações sensoriais e atividade muscular. Um dos desafios na prática clínica e em pesquisas científicas é a obtenção de dados objetivos do controle postural. Baseando-se nessa premissa, a baropodometria pode ser um instrumento promissor para esta análise.
Objetivo:
Avaliar a confiabilidade absoluta e relativa por meio de teste-reteste da baropodometria em indivíduos jovens assintomáticos durante análise semi estática e dinâmica.
Métodos:
Trata-se de um estudo metodológico, aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da UFJF (parecer 1.803.411). A seleção da amostra foi por conveniência. Foram incluídos indivíduos hígidos de 18 a 35 anos sem restrição de gênero e excluídos participantes com queixa álgica ou qualquer sinal clínico de sobrecarga que inviabilizasse a coleta. As variáveis analisadas foram superfície de contato, pressão máxima e média, arco index, centro de pressão e as áreas de pressão no antepé, mediopé e retropé.
Resultados:
Participaram do estudo 33 indivíduos (66 pés). A média de massa corporal dos participantes foi de 63,0 ± 9,9 kg, estatura de 163,4 ± 30,1 cm, IMC de 23,7 ± 2,8 kg/m2 e número do calçado 38,0 ± 2,1. Observamos que das oito variáveis avaliadas na análise semi estática, cinco apresentaram confiabilidade alta (CCI ≥ 0.70). Por outro lado, a reprodutibilidade das medidas na análise dinâmica foi de baixa à moderada (CCI ≤ 0.69).
Conclusão:
Os achados da baropodometria devem ser interpretados com cautela na prática clínica e em pesquisa científica. Sugere-se que sejam realizadas avaliações complementares para o auxílio de tomada de decisões.
Palavras-chave:
Fisioterapia; Confiabilidade; Biomecânica