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Os exergames promovem alterações neurofuncionais na doença de Parkinson? Um estudo clínico piloto

Resumo

Introdução

Estudos anteriores demonstraram efeitos bené-ficos em pessoas com doença de Parkinson treinadas com exergames. No entanto, até onde sabe-se, nenhum deles avaliou se esses efeitos são sustentados por alterações neurofuncionais.

Objetivo

Avaliar os efeitos neurofuncionais de um treinamento, por meio da ressonância magnética funcional, em pessoas com doença de Parkinson.

Métodos

Trata-se de um ensaio clínico piloto cego, randomizado e controlado com delineamento crossover. Os participantes foram submetidos a uma avaliação incluindo desempenho cognitivo e ressonância magnética funcional antes e após treinamentos com Wii® ou controle. Os treinamentos foram aplicados durante 10 dias, em duas semanas consecutivas. Os participantes que começaram o treinamento com Wii® foram depois movidos para o treinamento de controle e vice-versa. Respeitou-se um período de wash-out de 45 dias entre os treinamentos.

Resultados

Memória, funções executivas e visuoespaciais e atenção melhoraram significativamente em comparação com a linha de base (p < 0,05). Não foram observadas diferenças na cognição em comparação com o treinamento de controle. Embora não significativos, os resultados das análises de ressonância magnética funcional sugeriram que o treinamento com Wii® poderia promover melhorias na conectividade funcional do cérebro, especialmente em áreas envolvidas na execução motora, planejamento, funções visuais, de memória e somatossensoriais.

Conclusão

Em pessoas com doença de Parkinson, um treinamento intensivo com Wii® melhorou o desempenho cognitivo, que destacou mudanças neurofuncionais em áreas envolvidas no processamento cognitivo.

Cognição; Exergames; Ressonância magnética (Funcional; Doença de Parkinson

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