Resumo
Introdução:
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) permite acompanhar a evolução clínica do paciente.
Objetivo:
Este estudo objetivou caracterizar a evolução das deficiências em vítimas de acidentes de trânsito, em tratamento fisioterápico, utilizando essa ferramenta.
Métodos:
Estudo longitudinal, com total de 53 vítimas de acidentes atendidas entre abril e outubro de 2010 em uma unidade de reabilitação na capital do Estado de Mato Grosso, Brasil. Os dados da avaliação fisioterápica foram coletados em dois momentos e codificados pela CIF.
Resultados:
O tempo médio entre a avaliação e a reavaliação foi 73,4 dias. Em relação à evolução das deficiências das funções do corpo observou-se redução no número de pacientes com tais alterações, exceto tônus muscular. Na primeira avaliação 90,6% apresentaram alterações de grau leve a completo quanto às funções sensoriais e dor reduzindo-se para 67,9% na reavaliação, sendo a dor a função mais comprometida. Em relação às funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento a quase totalidade dos pacientes (96,2%) apresentou alguma deficiência na primeira avaliação, percentual reduzido em 15,7% na reavaliação. As maiores reduções deram-se nas categorias: força muscular (36,7%) e padrão da marcha (30,6%). Na reavaliação observou-se diminuição das deficiências relacionadas à estrutura do corpo, especialmente nos níveis de deficiência grave e completa.
Conclusão:
Com este estudo pode-se comprovar a redução no percentual de pacientes com algum tipo de deficiência física e a evolução positiva no quadro funcional. O uso da CIF permitiu conhecer as deficiências físicas e acompanhar a evolução dos pacientes submetidos a tratamento fisioterápico.
Palavras-chave:
Avaliação da Deficiência; Classificação Internacional de Funcionalidade; Incapacidade e Saúde; Acidentes de Trânsito; Reabilitação; Fisioterapia