Resumo
Introdução:
A doença renal crônica (DRC) é definida pela perda da função renal, contudo a sua progressão leva ao surgimento de alterações sistêmicas que comprometem a qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise. Consequentemente, a redução da capacidade pulmonar nessa população pode ser um dos fatores que esteja relacionado ao declínio da força muscular periférica.
Objetivo:
Avaliar a relação entre a força de preensão manual (FPM) com a função pulmonar e a força muscular respiratória de pacientes com DRC em hemodiálise.
Método:
30 pacientes com DRC foram avaliados quanto aos dados antropométricos, função pulmonar, força muscular respiratória e FPM.
Resultados:
Observou-se uma relação moderada da FPM com as variáveis capacidade vital forçada (r=0,54; p=0,002), ventilação voluntária máxima (r=0,51; p=0,004) e pressão expiratória máxima (r=0,59; p=0,001). Já as correlações entre a FPM com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (r=0,46; p=0,009) e a pressão inspiratória máxima (r=0,38; p=0,03) foram fracas. Além disso, aproximadamente 67% da amostra (n=20) apresentou algum grau de restrição ventilatória na prova de função pulmonar. Em relação à força muscular, 40% da amostra (n=12) apresentou FPM abaixo do previsto de normalidade, e as médias da pressão inspiratória máxima e da pressão expiratória máxima em porcentagem também se encontraram reduzidas.
Conclusão:
A redução da capacidade pulmonar pode estar relacionada com o declínio da FPM nos pacientes com DRC em hemodiálise. Sendo assim, recursos terapêuticos visando à expansão pulmonar e o treinamento muscular respiratório podem ser estratégias para facilitar e favorecer a reabilitação dessa população.
Palavras-chave:
Doença Renal Crônica; Diálise Renal; Espirometria; Força Muscular