Resumo
Introdução:
A terapia por meio do frio (crioterapia) é comumente utilizada no meio clínico para o tratamento de lesões em função de seus efeitos benéficos sobre a dor, a inflamação local e o tempo de recuperação dos pacientes. No entanto, não existe um consenso na literatura acerca dos efeitos da crioterapia nas reações fisiológicas de tecidos comprometidos após uma lesão.
Objetivo:
Realizar uma revisão para analisar os efeitos da aplicação de crioterapia sobre parâmetros circulatórios, metabólicos, inflamatórios e neurais.
Materiais e métodos:
Foi realizada uma revisão sistemática com busca nas bases de dados Pubmed, Scielo, PEDro e Scopus segundo os critérios de elegibilidade. Os estudos selecionados foram avaliados metodologicamente pela escala PEDro.
Resultados:
13 estudos originais foram selecionados e que apresentaram alta qualidade metodológica.
Discussão:
A crioterapia promove uma significativa redução do fluxo sanguíneo, da pressão nos capilares venosos, da saturação de oxigênio e hemoglobina (apenas em tecidos superficiais)e da velocidade de condução neural. Contudo, o efeito do resfriamento tecidual sobre a concentração de substâncias inflamatórias induzidas pelo exercício, como a enzima creatina quinase e a mioglobina, permanece incerto.
Conclusão:
As respostas fisiológicas à aplicação da crioterapia são favoráveis ao uso desse recurso terapêutico no tratamento de processos inflamatórios e minimização de quadros álgicos, e demonstra sua importância na reabilitação de lesões do sistema neuromuscular.
Palavras-chave:
Crioterapia; Fluxo sanguíneo; Saturação de oxigênio; Inflamação; Dor.