Objetivo
Avaliar a aplicabilidade da média do percentual do valor predito das forças musculares respiratórias (pressão inspiratória máxima-PImax; pressão expiratória máxima-PEmax), sendo % PImax + % PEmax/2, e do pico de fluxo expiratório (% PFE) no pré-operatório, como parte de uma escala de risco cirúrgico para predizer o risco de complicação pulmonar pós-operatória (CPP).
Métodos
Dados de pacientes submetidos à cirurgia eletiva de tórax, abdômen e membros foram analisados no pré-operatório utilizando os itens e a pontuação proposta pela escala de Torrington e Henderson, e substituindo a espirometria pela média do % PImax + % PEmax / 2 e do % PFE.
Resultados
Na escala proposta aplicada a 108 pacientes com idade média de 55,2 ± 14,0 a taxa de CPP foi de 37,0% (p = 0,0001), onde 20,0% foram classificados como de alto risco (RA) e 62,5% risco moderado (RM). O percentual da média da força muscular respiratória apresentou uma correlação significante em relação à CPP na escala proposta (p = 0,000).
Conclusão
A escala proposta permitiu estratificar de maneira adequada pacientes com risco de CPP. A utilização da média do % PImax + % PEmax / 2 e do % PFE, baseados nos valores preditos, podem ser facilmente aplicáveis, tornando-se desnecessária a realização da espirometria.
Complicações pós-operatórias; Músculos respiratórios; Laparotomia; Toracotomia