Resumo
Introdução:
A recuperação de indivíduos pós-Acidente Vascular Encefálico (AVE) tem se mostrado longa e monótona devido ao caráter repetitivo dos exercícios utilizados na clínica e aos anos de tratamento. Logo, tem-se utilizado a Realidade Virtual (RV) como uma alternativa e diante de suas vantagens, profissionais de saúde vêm adaptando vídeo games à fisioterapia. No entanto, existem algumas limitações, como a do fato de estes vídeo games terem sido desenvolvidos para diversão e não serem apropriados para uso terapêutico.
Objetivo:
Em busca de atenuar lacunas existentes em dispositivos adaptados à fisioterapia, este estudo descreve o desenvolvimento e a aplicabilidade de um sistema computacional de suporte a reabilitação motora - Ikapp - em pacientes pós-AVE.
Métodos:
27 pacientes pós-AVE preencheram um questionário socioeconômico, testaram o Ikapp durante 5 min e responderam a um questionário de usabilidade e satisfação sobre o manuseio da ferramenta. Para analisar a associação de fatores sociodemográficos com funcionalidades do sistema, o teste qui quadrado (Exato de Fisher) foi utilizado.
Resultados:
O Ikapp pode ser uma excelente ferramenta de auxílio à reabilitação neurológica de pacientes pós-AVE, visto que seus testes evidenciaram 85,2% de satisfação no que diz respeito à motivação e inclusão no processo fisioterápico e 77,8% em relação à facilidade de interação com a ferramenta.
Conclusão:
O Ikapp mostrou ser um sistema computacional de fácil aplicação e acessível a pacientes com diferentes limitações funcionais.
Palavras-chave:
Terapia de Exposição à Realidade Virtual; Reabilitação; Interface Usuário-Computador; Plasticidade Neuronal