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Efeitos da fisioterapia aquática sobre variáveis cardiorrespiratórias na doença de Parkinson

Resumo

Introdução

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra. Apresenta sintomas motores e não motores ligados à diminuição da autonomia e qualidade de vida. Entre os tratamentos prescritos está a fisioterapia aquática (FA), sendo um recurso na reabilitação e/ou prevenção de alterações funcionais.

Objetivo

Analisar os efeitos de um programa de FA nas condições cardiovasculares e fadiga em indivíduos com DP.

Métodos

Foram utilizados os sinais vitais frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA), mensurados antes e depois de cada intervenção, e o duplo-produto (DPr) e Escala de Severidade da Fadiga (ESF) pré e pós-intervenção. A intervenção consistiu em oito encontros, durante quatro semanas, duas vezes por semana, com 40 minutos de imersão em piscina aquecida com média de 33 ºC. A análise estatística deu-se pelo test T pareado para a ESF e teste Anova para medidas repetidas do DPr, PA e FC, adotando p < 0,05.

Resultados

Houve melhora significativa na percepção de fadiga pela ESF (p = 0,037) de 4,7 ± 1,6 (pré-intervenção) para 4,3 ± 1,6 (pós-intervenção). DPr, PA e FC não apresentaram diferença significativa (p = 1).

Conclusão

Os sinais vitais de FC e PA se mantiveram em valores apropriados para idosos, bem como o DPr se manteve dentro de uma faixa segura de treinamento submáximo. Assim, o programa de FA proposto foi capaz de diminuir de forma significativa a fadiga nesta amostra de pessoas com DP.

Sistema cardiovascular; Exercício; Fadiga; Hidroterapia; Doença de Parkinson

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