Open-access Susceptibilidad al cinetosis en niños de 8 a 12 años de edad

fp Fisioterapia e Pesquisa Fisioter. Pesqui. 1809-2950 2316-9117 Universidade de São Paulo RESUMEN El cinetosis es la intolerancia al movimiento pasivo, resultado de un conflicto sensorial entre los sistemas visual, propioceptivo y vestibular. La población infantil padece con frecuencia del cinetosis, pero su prevalencia se subestima debido al difícil diagnóstico en este grupo específico. Los trastornos vestibulares en niños influyen significativamente en su desarrollo. El objetivo de este artículo fue analizar la susceptibilidad al cinetosis en niños y sus factores asociados, así como identificar las diferencias entre las respuestas en la comparación entre los sexos, los grupos de edad y la autopercepción de los padres. Se trata de un estudio transversal. La muestra de conveniencia consecutiva estuvo compuesta de niños de ambos sexos, con edades comprendidas entre 8 y 12 años. Para evaluar la susceptibilidad al cinetosis, se aplicó el motion sickness questionnaire short form (MSSQ) de manera individual en cada niño. Para el análisis estadístico se utilizó el software SPSS, versión 21.0. El nivel de significancia adoptado fue de 0,05. Se utilizaron pruebas estadísticas de Kolmogorov-Smirnov; T de Student; Anova y test de Friedman. Participaron en total 223 niños. Se observó que el 89,7% de los niños evaluados eran susceptibles al cinetosis. Hubo una diferencia significativa en la comparación de la susceptibilidad al cinetosis entre los sexos, en la cual las niñas eran más susceptibles que los niños (p=0,001). En cuanto a los grupos de edad, no hubo significación estadística. Los niños de 12 años fueron más susceptibles al cinetosis. Hubo una diferencia en las respuestas informadas por los niños y los padres sobre la susceptibilidad de los niños al cinetosis. INTRODUÇÃO A cinetose, também conhecida como enjoo do movimento, caracteriza-se pela intolerância ao movimento, devido ao conflito sensorial entre os sistemas visual, proprioceptivo e vestibular. Em sua grande maioria, o conjunto de sintomas associados à cinetose, como náusea, cefaleia, sudorese e vômito, resultam de estímulos de movimentos não habituais. Meios de transporte e veículos como automóveis, navios, trens, metrôs, aviões e, até mesmo, elevadores são grandes estimuladores da cinetose1), (2. Estudos apontam que a cinetose é mais frequente em crianças, manifestando-se por volta dos seis e sete anos de idade e relatam que o pico do transtorno se dá por volta dos dez anos1)- (3. Em relação ao sexo, segundo estudo, as mulheres são mais acometidas, sendo fatores hormonais, como menstruação e gravidez, possíveis agravantes da condição4. As causas neurofisiológicas para o acometimento da cinetose ainda são desconhecidas. Uma das hipóteses é que ela ocorra devido a um conflito sensorial, a uma imaturidade do sistema vestibular, que pode ou não estabilizar-se com o avanço da idade, à influência de fatores hormonais, como a menstruação e a gravidez, bem como ao processo de habituação1)- (4. Acredita-se que, embora frequente, a prevalência da cinetose na população infantil ainda seja subestimada, o que pode ser explicado pelo difícil diagnóstico das alterações vestibulares em crianças3), (5. A identificação dos sintomas é subjetiva, pois depende da autopercepção e queixa do próprio paciente. Muitas vezes, a tontura não é entendida como um sintoma anormal, fazendo com que essa população possua dificuldades para referir o desconforto5. Além disso, a percepção dos sintomas da cinetose pelo adulto responsável e o futuro direcionamento da criança para uma avaliação clínica nem sempre acontece1), (6. Quando percebidos, os sintomas raramente são associados às vestibulopatias. A prevalência de tonturas de origem vestibular na população infantil varia entre 7,7 e 15,0%6), (7. A abordagem clínica das alterações vestibulares muitas vezes é vista como desnecessária. A experiência clínica, no entanto, demonstra que, assim como o adulto, a criança pode sofrer repercussões das alterações em sua vida cotidiana, apresentando comprometimento cognitivo e isolamento social que influenciam direta e negativamente em seu desenvolvimento8), (9. Percebeu-se, durante a revisão bibliográfica da literatura científica, a escassez de estudos atuais a respeito da cinetose na população infantil. Há pesquisas que abordam as alterações vestibulares de modo geral, bem como a reabilitação vestibular2), (8), (9. No entanto, na busca pela prevalência da cinetose em crianças e por estudos que avaliam esta alteração específica, poucos estudos foram encontrados na população infantil3), (10)- (14. Constatou-se a importância de se identificar precocemente os sintomas de alterações vestibulares e evitar as possíveis consequências e agravantes, como o isolamento social e as dificuldades de aprendizagem. Observando-se a relevância clínica do assunto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a suscetibilidade à cinetose em crianças e verificar possíveis fatores associados, bem como identificar diferenças entre as respostas quando comparadas ao sexo, a faixa etária e a autopercepção dos pais. METODOLOGIA Trata-se de um estudo transversal. A amostra foi composta por crianças com idade entre oito e onze anos, estudantes do segundo ao sexto ano do ensino fundamental da rede pública de Porto Alegre e de sua região metropolitana, a partir de uma amostragem não probabilística por conveniência consecutiva. Para estimar o tamanho de efeito padronizado de 0,9 foi calculado um tamanho amostral de 192 indivíduos. Foi aceito o nível de significância de 0,05 com poder de 90% (EpiInfo - Statcal). Incluiu-se no estudo crianças com idade entre oito e onze anos, estudantes da rede pública de ensino que não tivessem perda auditiva, nem doenças de base que ocasionassem sintomas semelhantes aos da cinetose, como sudorese, náusea e cefaleia. Foram excluídas crianças com algum comprometimento físico e/ou neurológico que inviabilizasse a aplicação do questionário e crianças que não aceitaram participar da pesquisa. A coleta de dados iniciou-se em agosto de 2018 e encerrou-se em setembro de 2019. O projeto de pesquisa foi apresentado e aprovado pelas instituições escolhidas e os termos de consentimento e esclarecimento assinados pelos pais/e ou responsáveis e pelas crianças. O questionário utilizado no estudo para a avaliação da suscetibilidade à cinetose foi o motion sickness questionnaire short form (MSSQ), desenvolvido por Reason e Brand15, condensado e simplificado em sua pontuação por Golding16, e traduzido e adaptado para o português por França e Branco-Barreiro5. Aplicaram-se somente as questões relacionadas à presença de cinetose na infância (Motion Sickness A - MSA). O escore total foi obtido por meio da multiplicação da pontuação por nove, e este resultado, dividido também pelo valor de nove, subtraído o número de geradores não utilizados pela criança, ou seja: (escore total = pontuação MSA×9) / (9-número de transportes não utilizados). O instrumento é composto por nove ambientes e/ou estímulos que desencadeiam a cinetose, inclusive meios de transporte e entretenimento. São eles: “carros”, “ônibus ou vans”, “trens”, “aviões”, “barcos pequenos”, “navios ou balsas”, “balanços em parquinhos”, “gira-gira em parquinhos” e “brinquedos em parques de diversões”. Como resposta, há cinco opções disponíveis: “nunca experimentou”, “nunca ficava enjoado”, “raramente ficava enjoado”, “às vezes ficava enjoado” e “sempre ficava enjoado”. A pontuação do questionário varia de 0 a 3, sendo 0 aplicado a “não se aplica/nunca utilizou ou “nunca ficava enjoado”, 1 ponto a “raramente ficava enjoado”, 2 pontos a “às vezes ficava enjoado” e 3 pontos a “sempre ficava enjoado”. A análise descritiva dos dados foi realizada. Para verificar a significância estatística da distribuição das médias do MSA realizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov. Nos casos de distribuição normal foram utilizados os testes T de Student e Anova. Em caso de rejeição da hipótese de normalidade utilizou-se o teste não paramétrico de Friedman. O valor para rejeição da hipótese nula foi p<0,05. As análises foram realizadas com auxílio do software SPSS Versão v.21. RESULTADOS A amostra estudada, descrita na Tabela 1, foi composta por 223 crianças, com idade entre oito e onze anos, sendo 109 do sexo feminino (48,9%) e 114 do sexo masculino (51,1%). Os participantes são estudantes do segundo ao sexto ano do ensino fundamental de escolas da rede pública de Porto Alegre e da região metropolitana. Apenas 12,6% da amostra apresentou queixas de equilíbrio e/ou aprendizagem. A média de idade dos participantes foi de 9,14 (±1,02) e a média do escore total no MSA foi de 7,42 (±5,91). Tabela 1 Descrição da amostra estudada. Porto Alegre, 2019 ( n=223) Variável n (%) Sexo Feminino 109 (48,9%) Masculino 114 (51,1%) Idade 8 anos 77 (34,5%) 9 anos 57 (25,6%) 10 anos 67 (30,0%) 11 anos 22 (9,9%) Escolaridade 2º Ano 39 (17,5%) 3º Ano 73 (32,7%) 4º Ano 76 (34,1%) 5º Ano 30 (13,5%) 6º Ano 5 (2,2%) Queixa Sem queixa 195 (87,4%) Dificuldade de aprendizagem 14 (6,3%) Dificuldade de equilíbrio 14 (6,3%) N: amostra. A prevalência da suscetibilidade à cinetose na infância (MSA) encontrada na amostra em estudo foi de 89,7%, o que representa 196 crianças com sintomas de cinetose. Apenas 27 crianças não referiram quaisquer sintomas e obtiveram pontuação zero, representando 12,1% da amostra. Conforme a Tabela 2, na comparação entre os sexos, obteve-se significância estatística (p-valor<0,001), na qual as meninas apresentaram um escore total médio 2,73 (1,21; 4,26) vezes maior do que o observado em meninos. Tabela 2 Diferença das médias do escore total do MSA, entre os sexos. Porto Alegre, 2019 (n=223) Média MSA Feminino Média MSA Masculino Diferença das Médias Intervalo de Confiança 95% P-valor* 8,80 6,06 2,73 (1,21; 4,26) <0,001 MSA: Motion sickness A *Teste T de Student Comparando-se as faixas etárias (Tabela 3), não se obteve significância estatística, no entanto, observou-se um aumento do escore médio do MSA com o avanço da idade. Tabela 3 Comparação das faixas etárias. Porto Alegre, 2019. (n=223) Idade Média MSA Diferença das médias Intervalo de Confiança 95% P-valor* 8 - 9 anos 8,43 1,27 (-1,42; 3,95) 0,613 8 - 10 anos 8,93 0,61 (-1,95; 3,18) 0,926 8 - 11 anos 8,67 0,47 (-3,24; 4,19) 0,988 9 - 10 anos 9,54 -0,65 (-3,42; 2,12) 0,929 9 - 11 anos 9,56 -0,79 (-4,65; 3,06) 0,951 10 - 11 anos 10,25 -0,14 (-3,92; 3,63) 1,000 MSA: Motion Sickness A *Análise de Variância (Anova) Na tabela 4, a análise não paramétrica da comparação das medianas das respostas dos pais em relação ao resultado do MSA demonstrou diferença estatisticamente significativa (p=0,029). Tabela 4 Comparação das medianas do MSA realizado com os pais e com os filhos. Porto Alegre, 2019. (n=23) Mediana MSA Filhos Mediana MSA Pais Diferença das Medianas P-valor* 4,00 3,00 1,00 0,029 MSA: Motion Sickness A *Teste de Friedman DISCUSSÃO A cinetose caracteriza-se por uma intolerância ao movimento, manifestando-se durante a locomoção em veículos, devido a um conflito entre as informações sensoriais, vestíbulo-visuais ou intravestibulares10)- (13. A cinetose tem influência sobre a qualidade de vida dos indivíduos, visto o grande desconforto que proporciona. Apesar da elevada prevalência da cinetose na população mundial, a alteração ainda não é vista como doença e, na maioria das vezes, o indivíduo convive por anos antes de procurar um atendimento especializado3), (17. A prevalência da suscetibilidade à cinetose na infância neste estudo foi de 89,7%, aproximando-se do percentual encontrado em um estudo similar, que obteve prevalência de 76,3%2. Outra pesquisa, também realizada na população infantil, verificou uma prevalência menor, de 56%18. No entanto, a presença de suscetibilidade à cinetose continuou sendo maior em relação à ausência. Os estudos analisados utilizaram o mesmo protocolo (MSSQ) para avaliar a suscetibilidade à cinetose em crianças. Visto que a prevalência encontrada no presente estudo foi superior às encontradas na literatura científica, formularam-se hipóteses para justificar esse achado. A primeira é relativa ao tamanho amostral, que foi significativamente maior neste estudo em relação aos demais. A segunda hipótese é relativa à modalidade de ensino das crianças participantes. Enquanto o presente estudo avaliou crianças da rede pública de ensino, um estudo de São Paulo realizou a pesquisa com crianças da rede privada1. Desta forma, a presença de diferenças socioculturais e econômicas pode ter sido uma variável para os achados. No presente estudo, a suscetibilidade à cinetose foi maior em meninas (média=8,80) em relação aos meninos (média=6,06), com significância estatística (p<0,001). Um estudo que utilizou o mesmo protocolo de avaliação encontrou dados semelhantes, identificando maior suscetibilidade à cinetose em crianças do sexo feminino, embora sem significância estatística e com médias inferiores às encontradas neste estudo3. Em outra pesquisa19, também houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os sexos, na qual meninas tiveram escore do MSA maior do que os meninos. Estudos afirmam que sexo e idade são duas variáveis importantes para avaliação da suscetibilidade à cinetose. Pesquisas em transporte marítimo, terrestre e aéreo indicam que as mulheres são mais suscetíveis a enjoos do que os homens1), (14), (20. Tais achados corroboram os resultados encontrados no presente estudo, em que meninas pontuaram mais no MSA, obtendo-se significância estatística. A literatura científica afirma que a suscetibilidade à cinetose incide por volta dos seis aos sete anos de idade e atinge seu pico entre os nove e dez anos14), (19. O fator idade é bastante associado à suscetibilidade à cinetose, sendo mais comum em crianças de nove e dez anos de idade3. No presente estudo, observou-se média do MSA maior com o avanço da idade, sendo as crianças com onze anos as mais suscetíveis à cinetose, seguidas das crianças de dez e nove anos de idade4), (19. Neste estudo, optou-se por analisar também a comparação entre as respostas relatadas pelas crianças e a percepção de seus pais e/ou responsáveis sobre a suscetibilidade à cinetose dos escolares. Não foram encontrados estudos que fizessem a mesma relação. Especula-se que a dificuldade de as crianças relatarem seus sintomas, bem como a não identificação dos pais dos sinais apresentados por seus filhos, sejam alguns dos fatores que contribuem para a dificuldade e a escassez de diagnósticos vestibulares na população infantil. Na comparação destes resultados em um subgrupo envolvendo 23 crianças e seus respectivos pais, obteve-se diferença estatisticamente significante na comparação entre as respostas (p<0,029), na qual as crianças relataram mais episódios de cinetose em relação ao que foi percebido pelos pais. Acredita-se que a avaliação com um subgrupo de n maior tem demasiada relevância para os estudos sobre esta temática e com esta população. Esse subgrupo foi constituído por 23 pais e/ou responsáveis de crianças participantes do estudo, que responderam ao mesmo questionário utilizado (MSSQ). Durante a aplicação do protocolo, foram avaliadas as percepções dos adultos sobre a suscetibilidade à cinetose das crianças. No momento em que se aplicava o protocolo, queixas como dificuldade de aprendizagem e de equilíbrio foram relatadas pelas crianças e/ou percebidas pelos avaliadores. Estudos apontam que as alterações vestibulares podem prejudicar o desenvolvimento motor, dificultando o contato da criança com o meio ambiente e a aquisição e desenvolvimento da linguagem21). Percebe-se também influência na aprendizagem e na habilidade de comunicação, tais como dificuldades de fala, leitura, escrita, soletração e cálculos matemáticos na criança em idade escolar22. A manutenção da estabilidade postural durante a leitura pode ser uma tarefa mais complexa para as crianças com alteração vestibular, visto que o processo de leitura engloba muitas habilidades, como percepção, movimentos oculares e noções linguísticas e semânticas23),(24. A dificuldade de aprendizagem pode ser caracterizada como a interação de uma série de fatores que resultam no baixo rendimento frente à situação de aprendizagem25. No presente estudo, as queixas e/ou dificuldades de aprendizagem apareceram em pequena parte da amostra, o que não permitiu uma análise específica desta variável. No entanto, a literatura científica traz informações importantes sobre a relação entre equilíbrio e aprendizagem, e as implicações que as alterações vestibulares podem ter no processo de alfabetização e desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Estudos que aprofundem ambas as temáticas e relacionem tais variáveis são necessários. O questionário MSSQ mostrou-se um instrumento eficiente para a avaliação da suscetibilidade à cinetose na população infantil. O instrumento possui fácil e rápida aplicação e compreensão, além de ter sido bem adaptado para a língua portuguesa e para a cultura brasileira. Portanto, recomenda-se a utilização deste protocolo para a realização de novas pesquisas que abordem as alterações vestibulares na infância. CONCLUSÃO A suscetibilidade à cinetose foi observada em 89,7% da amostra, sendo as crianças do sexo feminino mais suscetíveis. Crianças com onze anos de idade apresentaram maior média no MSA. Houve diferença nas respostas relatadas pelas crianças e pelos pais avaliados a respeito da suscetibilidade à cinetose dessas crianças. Sendo assim, justifica-se a importância de um olhar mais atento dos profissionais de saúde ao equilíbrio infantil, visto as diversas repercussões das alterações vestibulares no desenvolvimento. A avaliação e a reabilitação vestibular na infância se fazem necessárias na prática fonoaudiológica e nas demais áreas da saúde atuantes nesta temática. Acredita-se que crianças com cinetose podem ter inúmeros benefícios com a reabilitação vestibular, realizada pelos fonoaudiólogos, fisioterapeutas e fisiatras. REFERÊNCIAS 1 1. Golding JF. Motion sickness susceptibility. Auton Neurosci. 2006;129:67-76. doi: 10.1016/j.autneu.2006.07.019. Golding JF Motion sickness susceptibility Auton Neurosci 2006 129 67 76 10.1016/j.autneu.2006.07.019 2 2. Franco ES, Caetanelli EB. Avaliação vestibular em crianças sem queixas auditivas e vestibulares, por meio da vectoeletronistagmografia computadorizada. Int Arch Otorhinolaryngol [Internet]. 2006 [cited 2021 Aug 13];10(1):46-54. Available from: https://bit.ly/37G2Vaq Franco ES Caetanelli EB Avaliação vestibular em crianças sem queixas auditivas e vestibulares, por meio da vectoeletronistagmografia computadorizada Int Arch Otorhinolaryngol [Internet] 2006 cited 2021 Aug 13 10 1 46 54 Available from: https://bit.ly/37G2Vaq 3 3. França SR, Perez, MLVD, Scharlach RC, Branco-Barreiro FCA. Susceptibilidade à cinetose em escolares. RECES. 2015;7(2):47-50. doi: 10.17921/2176-9524.2015v7n2p47-50. França SR Perez MLVD Scharlach RC Branco-Barreiro FCA Susceptibilidade à cinetose em escolares RECES 2015 7 2 47 50 10.17921/2176-9524.2015v7n2p47-50 4 4. Golding JF, Kadzere PN, Gresty MA. Motion sickness susceptibility fluctuates through the menstrual cycle. Aviat Space Environ Med [Internet]. 2005 [cited 2021 Aug 13];76(10):970-3. Available from: https://bit.ly/3m0hRbK Golding JF Kadzere PN Gresty MA Motion sickness susceptibility fluctuates through the menstrual cycle Aviat Space Environ Med [Internet] 2005 cited 2021 Aug 13 76 10 970 973 Available from: https://bit.ly/3m0hRbK 5 5. França SR, Branco-Barreiro FCA. Susceptibilidade à cinetose no idoso com doença vestibular. RECES [Internet]. 2013 [cited 2021 Aug 13];5(1):30-5. Available from: https://bit.ly/37FrMet França SR Branco-Barreiro FCA Susceptibilidade à cinetose no idoso com doença vestibular RECES [Internet] 2013 cited 2021 Aug 13 5 1 30 35 Available from: https://bit.ly/37FrMet 6 6. Said TS. Prevalência de queixas de sintomas vestibulares em crianças [dissertation on the Internet]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2012 [cited 2021 Aug 13]. Available from: https://bit.ly/3xEpXcg Said TS Prevalência de queixas de sintomas vestibulares em crianças dissertation on the Internet São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2012 cited 2021 Aug 13 Available from: https://bit.ly/3xEpXcg 7 7. Russell G, Abu-Arafeh I. Paroxysmal vertigo in children: an epidemiological study. Int J Pediatr Otorhinolaryngol, 1999;49(Suppl 1):S105-7. doi: 10.1016/s0165-5876(99)00143-3. Russell G Abu-Arafeh I Paroxysmal vertigo in children: an epidemiological study Int J Pediatr Otorhinolaryngol, 1999 49 Suppl 1 S105 S107 10.1016/s0165-5876(99)00143-3 8 8. Bittar RSM, Pedalini MEB, Medeiros IRT, Bottino MA, Bento RF. Reabilitação vestibular na criança: estudo preliminar. Rev Bras Otorrinolaringol. 2002;68(4):496-9. Bittar RSM Pedalini MEB Medeiros IRT Bottino MA Bento RF Reabilitação vestibular na criança: estudo preliminar Rev Bras Otorrinolaringol 2002 68 4 496 499 9 9. Silva BMP, Didoné DD, Sleifer P. Potencial evocado miogênico vestibular cervical em crianças e adolescentes sem queixas vestibulares. Audiol Commun Res. 2017;22:e1885. doi: 10.1590/2317-6431-2017-1885. Silva BMP Didoné DD Sleifer P Potencial evocado miogênico vestibular cervical em crianças e adolescentes sem queixas vestibulares Audiol Commun Res 2017 22 e1885 10.1590/2317-6431-2017-1885 10 10. Lipson S, Wang A, Corcoran M, Zhou G, Brodsky JR. Severe motion sickness in infants and children. Eur J Paediatr Neurol. 2020;28:176-9. doi: 10.1016/j.ejpn.2020.06.010. Lipson S Wang A Corcoran M Zhou G Brodsky JR Severe motion sickness in infants and children Eur J Paediatr Neurol 2020 28 176 179 10.1016/j.ejpn.2020.06.010 11 11. Huppert D, Grill E, Brandt T. Survey of motion sickness susceptibility in children and adolescents aged 3 months to 18 years. J Neurol. 2019;266(Suppl 1):65-73. doi: 10.1007/s00415-019-09333-w. Huppert D Grill E Brandt T Survey of motion sickness susceptibility in children and adolescents aged 3 months to 18 years J Neurol 2019 266 Suppl 1 65 73 10.1007/s00415-019-09333-w 12 12. Zhang LL, Wang JQ, Qi RR, Pan LL, Li M, Cai YL. Motion Sickness: Current Knowledge and Recent Advance. CNS Neurosci Ther. 2016;22(1):15-24. doi: 10.1111/cns.12468. Zhang LL Wang JQ Qi RR Pan LL Li M Cai YL Motion Sickness: Current Knowledge and Recent Advance CNS Neurosci Ther 2016 22 1 15 24 10.1111/cns.12468 13 13. Takahashi M, Toriyabe I, Takei Y, Kanzaki J. Study on experimental motion sickness in children. Acta Otolaryngol. 1994;114(3):231-7. doi: 10.3109/00016489409126049. PMID: 8073856. Takahashi M Toriyabe I Takei Y Kanzaki J Study on experimental motion sickness in children Acta Otolaryngol 1994 114 3 231 237 10.3109/00016489409126049 8073856 14 14. Dobie T, McBride D, Dobie T Jr, May J. The effects of age and sex on susceptibility to motion sickness. Aviat Space Environ Med. 2001;72(1):13-20. Dobie T McBride D Dobie T Jr May J The effects of age and sex on susceptibility to motion sickness Aviat Space Environ Med 2001 72 1 13 20 15 15. Reason JT, Brand JJ. Motion sickness. Oxford: Academic Press; 1975. Reason JT Brand JJ Motion sickness 1975 Oxford Academic Press 16 16. Golding JF. Predicting individual differences in motion sickness susceptibility by questionnaire. Pers Individ Dif. 2006;41(2):237-48. doi: 10.1016/j.paid.2006.01.012. Golding JF Predicting individual differences in motion sickness susceptibility by questionnaire Pers Individ Dif 2006 41 2 237 248 10.1016/j.paid.2006.01.012 17 17. Mariotto LDF. Avaliação vestibular em adolescentes com cinetose [dissertation on the Internet]. Botucatu: Universidade Estadual Paulista; 2007 [cited 2021 Aug 13]. Available from: https://bit.ly/3iGkRrE Mariotto LDF Avaliação vestibular em adolescentes com cinetose dissertation on the Internet Botucatu Universidade Estadual Paulista 2007 cited 2021 Aug 13 Available from: https://bit.ly/3iGkRrE 18 18. Chang CH, Pan WW, Tseng LY, Stoffregen, TA. Postural activity and motion sickness during video game play in children and adults. Exp Brain Res. 2012;217:299-309. doi: 10.1007/s00221-011-2993-4. Chang CH Pan WW Tseng LY Stoffregen TA Postural activity and motion sickness during video game play in children and adults Exp Brain Res 2012 217 299 309 10.1007/s00221-011-2993-4 19 19. Henriques IF, Oliveira DWD, Oliveira-Ferreira F, Andrade PMO. Motion sickness prevalence in school children. Eur J Pediatr. 2014;173:1473-82. doi: 10.1007/s00431-014-2351-1. Henriques IF Oliveira DWD Oliveira-Ferreira F Andrade PMO Motion sickness prevalence in school children Eur J Pediatr 2014 173 1473 1482 10.1007/s00431-014-2351-1 20 20. Kennedy RS, Lanham DS, Massey CJ, Drexler JM, Lilienthal MG. Gender differences in simulator sickness incidence: implications for military virtual reality systems. Safe J. 1995;25(1):69-76. Kennedy RS Lanham DS Massey CJ Drexler JM Lilienthal MG Gender differences in simulator sickness incidence: implications for military virtual reality systems Safe J 1995 25 1 69 76 21 21. Formigoni LG, Medeiros IRT, Santoro PP, Bittar RSM, Bottino MA. Avaliação clínica das vestibulopatias na infância. Braz J Otorhinolaryngol. 1999;65(1):78-82. doi: 10.1590/S0034-72992002000400007. Formigoni LG Medeiros IRT Santoro PP Bittar RSM Bottino MA Avaliação clínica das vestibulopatias na infância Braz J Otorhinolaryngol 1999 65 1 78 82 10.1590/S0034-72992002000400007 22 22. Franco ES, Panhoca I. Sintomas vestibulares em crianças com queixa de dificuldades escolares. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2008;13(4):362-8. doi: 10.1590/S1516-80342008000400011. Franco ES Panhoca I Sintomas vestibulares em crianças com queixa de dificuldades escolares Rev Soc Bras Fonoaudiol 2008 13 4 362 368 10.1590/S1516-80342008000400011 23 23. Legrand A, Bui-Quoc E, Doré-Mazars K, Lemoine C, Gérard CL, Bucci MP. Effect of a dual task on postural control in dyslexic children. PLoS One. 2012;7(4):e35301. doi: 10.1371/journal.pone.0035301. Legrand A Bui-Quoc E Doré-Mazars K Lemoine C Gérard CL Bucci MP Effect of a dual task on postural control in dyslexic children PLoS One 2012 7 4 e35301 10.1371/journal.pone.0035301 24 24. Tomaz A, Ganança MM, Garcia AP, Kessler N, Caovilla HH. Controle postural de escolares com baixo rendimento escolar. Braz J Otorhinolaryngol. 2014;80(2):105-10. doi: 10.5935/18088694.20140024. Tomaz A Ganança MM Garcia AP Kessler N Caovilla HH Controle postural de escolares com baixo rendimento escolar Braz J Otorhinolaryngol 2014 80 2 105 110 10.5935/18088694.20140024 25 25. Rosa Neto F, Amaro KN, Prestes DB, Arab C. O esquema corporal de crianças com dificuldade de aprendizagem. Psicol Esc Educ. 2011;15(1):15-22. doi: 10.1590/S1413-85572011000100002. Rosa F Neto Amaro KN Prestes DB Arab C O esquema corporal de crianças com dificuldade de aprendizagem Psicol Esc Educ 2011 15 1 15 22 10.1590/S1413-85572011000100002 Fonte de financiamento: PIBIC-CNPq/UFRGS 3 Aprovado pelo Comitê de Ética: Protocolo nº 38342. ORIGINAL RESEARCH Susceptibility to motion sickness in children from eight to eleven years of age 0000-0001-9425-958X Teixeira Bruna 1 0000-0002-3207-0180 Rech Rafaela Soares 2 0000-0001-6694-407X Sleifer Pricila 3 1 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Porto Alegre (RS), Brasil. E-mail: bruuteixeiraa@gmail.com. 2 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Porto Alegre (RS), Brasil. E-mail: rafasoaresrech@hotmail.com. 3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre (RS), Brasil. E-mail: pricilasleifer@gmail.com. Corresponding address: Bruna Teixeira - Rua Ramiro Barcelos, 2777 - Porto Alegre (RS), Brasil - ZIP Code: 90035-003 E-mail: bruuteixeiraa@gmail.com Conflict of interest: Nothing to declare ABSTRACT Motion sickness is characterized by intolerance to movement, resulting from a sensory conflict between the visual, proprioceptive and vestibular systems. In the child population, motion sickness is frequent, but the difficult diagnosis ends up underestimating the prevalence in this specific group. Pediatric vestibular changes are of great importance in child development. The objective was to analyze the susceptibility to motion sickness in children and to verify possible associated factors, as well as to identify differences in the responses when compared to sex, age group and parents’ self-perception. This is a cross-sectional study. The consecutive convenience sample consisted of children of both sexes, aged between eight and eleven years old. The motion sickness questionnaire short form (MSSQ) was applied individually with each child. Statistical analysis was performed using the SPSS Version v.21 (Chicago: SPSS). A significance level of 0,005 was adopted. Kolmogorov-Smirnov, Student’s T, Anova and Friedman’s were the statistical tests used. In total, 223 children were analyzed. 89.7% of the sample was susceptible to motion sickness. There was a significant difference in the comparison of susceptibility to motion sickness between genders, with girls being more susceptible, compared to boys (p=0.001). When comparing age groups, there was no statistical significance. Eleven-year-old children were more susceptible to motion sickness. There was a difference in the responses reported by children and parents about the children’s susceptibility to motion sickness. Keywords Motion Sickness Postural Balance Children Prevalence INTRODUCTION Kinetosis, also known as motion sickness, is characterized by an intolerance to movement, given the sensory conflict between the visual, proprioceptive, and vestibular systems. For the most part, the set of symptoms associated with kinetosis, such as nausea, headache, sweating and vomiting, result from the stimuli of unhabitual movements. Means of transportation like automobiles, ships, trains, subways, and even elevators, may cause kinetosis. Studies indicate that kinetosis is more frequent in children, setting in at around six or seven years of age, and reaching its peak at about 10 years of age1)- (3. According to a study, women are the most affected, and hormonal factors, such as menstruation and pregnancy, are possible aggravating factors4. The neurophysiological causes for the onset of kinetosis are still unknown. Hypotheses include: occurrence under sensory conflict; vestibular system immaturity (which may stabilize with age); hormonal influence (e.g., during menstruation or pregnancy), and habituation1)- (4. Though frequent, the prevalence of kinetosis in children is believed to be underestimated; which may be explained by difficulties in diagnosing vestibular changes in children3), (5. Symptom identification is subjective, since it relies on self-observation and personal complaints. Since dizziness is often not seen as an abnormal symptom, affected individuals have trouble articulating their discomfort5. Moreover, parents may not recognize the disorder’s symptoms, hampering the further clinical diagnoses1), (6. If noted, symptoms are rarely attributed to vestibulopathies. The prevalence of vestibular dizziness in infants varies from 7.7 to 15%6), (7. Clinically treating vestibular alterations is often deemed unnecessary. However clinical experience demonstrates that children, much like adults, can suffer these changes consequences in their daily lives, resulting in the cognitive impairment and social isolation which will directly and negatively affect their development8), (9. We noticed, during the bibliographic review of the scientific literature, the scarcity of current studies on kinetosis in children. Though we were able find studies which broadly discussed vestibular alterations, and vestibular rehabilitation2), (8), (9, our search found few studies on the prevalence of kinetosis in children3), (10)- (14. We verified how important it is to identify the early symptoms of vestibular alterations, so as to avoid social isolation, learning disabilities and other possible consequences and aggravating factors. Considering the theme clinical relevance, this study aims to evaluate children’s susceptibility to kinetosis, observe its probable variables; and identify response differences when genders, age groups and parents’ self-observations are compared. METHODOLOGY This is a cross-sectional study. The non-probabilistic, consecutive sample was composed of children aged from 8 to 11 (i.e., from second to sixth grades), enrolled in public schools in the metropolitan area of Porto Alegre. To achieve a standard effect size of 0.9, a sample of 192 individuals was calculated. The accepted significance level was 0.05 with a 90% power (EpiInfo - Statcal). The study included children enrolled in the public school system, aged 8 to 11 who had neither hearing loss, nor underlying diseases that caused kinetosis-like symptoms, like sweating, nausea, and headache. Children who presented any physical or neurological impairment which would make applying the questionnaire impossible or who did not wish to participate were excluded. The data were collected from August 2018 to September 2019. This research project was submitted to and approved by the chosen institutions, and the informed consent forms were signed by the children’s parents or legal guardians. This study evaluates susceptibility to kinetosis through the motion sickness questionnaire short form (MSSQ), developed by Reason and Brand15, condensed and simplified by Golding16, and translated into and adapted for Brazilian Portuguese by França and Branco-Barreiro5. Only the questions related to motion sickness in children (Motion Sickness A - MSA) were applied. Overall score was obtained by multiplying MSA scores by nine. The result was divided by nine minus the number of generators not used by the child, i.e.: (total score=MSA score×9)/(9-number of unused transports). The instrument is composed of nine kinetosis-triggering environments and stimuli, including means of transportation and entertainment. They are: “cars,” “buses or vans,” “trains,” “airplanes,” “small boats,” “ships or rafts,” “playground swings,” “merry-go-rounds,” and “amusement park rides.” There were five available response options: “never tried,” “never got nauseous,” “rarely got nauseous,” “sometimes got nauseous,” and “always got nauseous.” The questionnaire score ranges from 0 to 3; 0 being “does not apply/never used” or “never got sick”; 1 “rarely get sick”; 2 “sometimes get sick”; and 3 “always get nauseous.” Descriptive data analysis was performed. The statistical significance of MSA distribution mean was assessed via the Kolmogorov-Smirnov test. In cases of normal distribution, Student’s t- and ANOVA tests were used. In case of rejection of the normality hypothesis, the Friedman test was used. The value for rejecting the null hypothesis was p<0.05. All analyses were performed in SPSS v.21. RESULTS The studied sample, described in Table 1, consisted of 223 children, aged 8-11; of which 109 were females (48.9%) and 114 males (51.1%). The participants, from 2nd to 6th grades, are students from public elementary schools in the metropolitan area of Porto Alegre. Only 12.6% of the sample complained of loss of balance and/or learning difficulties. The participants’ mean age was 9.14 (±1.02), MSA total mean score was 7.42 (±5.91). Table 1 Sample description Porto Alegre, 2019. ( n=223) Characteristic n (%) Gender Female 109 (48.9%) Male 114 (51.1%) Age 8 years old 77 (34.5%) 9 years old 57 (25.6%) 10 years old 67 (30.0%) 11 years old 22 (9.9%) Schooling level 2nd grade 39 (17.5%) 3rd grade 73 (32.7%) 4th grade 76 (34.1%) 5th grade 30 (13.5%) 6th Grade 5 (2.2%) Complaint No complaint 195 (87.4%) Learning disabilities 14 (6.3%) Balance problems 14 (6.3%) N: Sample. In total, 89.7% of children in the sample (i.e., 196 participants) showed susceptibility to kinetosis (MSA). Only 27 children did not report any symptoms - receiving a score of zero; representing 12.1% of the sample. As seen in Table 2, gender comparison presented statistical significance (p-value<0.001). Girls had a total mean score 2.73 (1.21; 4.26) times higher than boys. Table 2 Difference of total MSA score means between genders. Porto Alegre, 2019 (n=223) Average Female MSA Average Male MSA Difference of the Means Confidence interval (95%) p-value* 8.80 6.06 2.73 2,73 (1,21; 4,26) <0.001 MSA: Motion Sickness A Student’s t-test We obtained no statistical significance when comparing the age groups (Table 3), though there was an increase in the mean MSA score observed with aging. Table 3 Comparison of age groups. Porto Alegre, 2019. (n=223) Age MSA Mean Difference of the means Confidence interval (95%) P-value* 8-9 years old 8.43 1.27 (−1.42; 3.95) 0.613 8-10 years old 8.93 0.61 (−1.95; 3.18) 0.926 8-11 years old 8.67 0.47 (−3.24; 4.19%) 0.988 9-10 years old 9.54 −0.65 (−3,42; 2.12%) 0.929 9-11 years old 9,56 −0.79 (−4.65; 3.06%) 0.951 10-11 years old 10.25 −0.14 (−3.92; 3.63) 1.000 MSA: Motion Sickness A *Analysis of Variance (Anova) Table 4 shows the non-parametric analysis statistically significant difference (p=0.029) obtained when parental responses are compared to MSA results. Table 4 Differences in MSA medians between parents and children. Porto Alegre, 2019. (n=23) Children’s MSA Median Parents’ MSA Median Difference of the means P-value* 4.00 3.00 1.00 0.029 MSA: Motion sickness A *Friedman’s test DISCUSSION Kinetosis is characterized by an intolerance to movement, mainly during vehicles locomotion, given the sensory conflict between sensorial, vestibule-visual, and vestibular systems10)- (13. Causing great discomfort, motion sickness affects individuals’ quality of life. Despite kinetosis high prevalence in the world population, it is not yet regarded as a disease. In most cases, the individual endures its effects for years before seeking specialized care3), (17. In total, 89.7% of children observed in this study were susceptible to motion sickness. A value close to another study with 76.3%2. Another study, also conducted with children, found a lower prevalence: 56%18. However, susceptibility to kinetosis is always more prevalent than absent. The aforementioned studies used the same protocol (MSSQ) to assess children’s susceptibility to kinetosis. Since this study prevalence is greater than what the literature reports, we elaborated a few hypotheses to explain our findings. The first relates to sample size. This study is significantly larger than our peers’; the second hypothesis relates to the schools teaching modalities. While our study evaluated children from public schools, a study done in São Paulo analyzed children from private schools1. Thus, sociocultural and economic differences may be a variable in the findings. In this study, susceptibility to kinetosis was higher among girls (average=8.8) than in boys (average=6.06), with statistical significance (p<0.001). A study that employed the same evaluation protocol found similar data, identifying greater susceptibility to kinetosis in girls, though without any statistical significance, and with lower averages than our study3. Another study19 also found statistically significant differences between genders, in which girls scored higher MSAs than boys. Studies claim that gender and age are two significant variables in evaluating susceptibility to kinetosis. Investigations in sea, land, and air transportations suggest women are more susceptible to motion sickness than men1), (14), (20. These findings corroborate the results found in this study, in which girls higher MSA scores are statistically significant. The scientific literature states that susceptibility to kinetosis first appears at around 6 to 7 years of age and reaches its peak between ages 9 and 1014), (19. The age factor is closely tied to susceptibility to kinetosis, being most common in 9- and 10-year old individuals. This study observed MSA means rise with age: 11-year old participants were the most susceptible to kinetosis, followed by 10- and 9-year old children4), (19. We also chose to compare the answers children gave in our questionnaire to their parents’ or guardians’ perception of their susceptibility to kinetosis. We know of no study which attempted the same correlation. We speculate that the difficulty children have in reporting their symptoms - as well as parental non-identification of the signs - are some of the contributing factors to the difficulty and scarcity of vestibular diagnoses in the infant population. When we compared the reported results from a subgroup comprised of 23 children and their parents, we obtained a statistically significant difference (p<0.029) between their answers. Children recounted experiencing more instances of kinetosis than their parents noticed them having. We believe that evaluating a larger subgroup is exceedingly relevant to study this theme and demographic. This subgroup consisted of 23 parents or guardians of children participating in the study, who answered the same questionnaire. When applying our protocol, we evaluated the adults’ perception of their children’s susceptibility to kinetosis. While administering the protocol, evaluators observed (or noticed themselves) children’s complaints of learning disabilities and balance problems. Studies indicate that vestibular alterations can impair motor development, hindering a child’s environmental awareness, and language acquisition and development21. It also influences schoolchildren’s learning and communication skills, such as speech, reading, writing, spelling, and mathematical calculations22. Maintaining postural stability while reading may be a more complex task for children with vestibular alterations, since reading encompasses many skills, such as perception, eye movement, and linguistic and semantic notions23), (24. Learning disabilities may be characterized as the interaction of a series of factors resulting in lower productivity in learning situations25. In this study, only a small sample of interviewees reported complaints and/or learning disabilities, rendering a specific analysis of this variable impossible. Nonetheless, the scientific literature provides significant information on the relation between balance and learning, and the implications for literacy acquisition and the development of oral and written language resultant of vestibular alterations. Studies that explore this theme and relate these variables are required. The MSSQ questionnaire proved itself an efficient tool for the evaluation of children’s susceptibility to kinetosis. Not only is it quick to administer and easily comprehended, but it has also been translated into Portuguese and adapted for the Brazilian culture. Therefore, we recommend the use of this protocol when conducting new research that addresses vestibular alterations in childhood. CONCLUSION Susceptibility to kinetosis was observed in 89.7% of the sample, with girls being more susceptible. Eleven-year-olds had higher MSA means. There were differences in the answers relayed by children and parents regarding the former’s susceptibility to kinetosis. Thus, health care providers should take a closer look at a child’s equilibrium, given how vestibular alterations affect development of children. Speech therapy - and other health areas treating these issues - entail vestibular evaluation and the rehabilitation of children. We believe that children suffering from kinetosis may benefit greatly from the vestibular rehabilitation performed by speech, physical and rehabilitation therapy providers. Financing source: PIBIC-CNPq/UFRGS 6 Approval of the Ethics Committee: Protocol No. 3,8342.
location_on
Universidade de São Paulo Rua Ovídio Pires de Campos, 225 2° andar. , 05403-010 São Paulo SP / Brasil, Tel: 55 11 2661-7703, Fax 55 11 3743-7462 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revfisio@usp.br
rss_feed Stay informed of issues for this journal through your RSS reader
Accessibility / Report Error