RESUMO
Neste estudo foi analisado o resultado da aplicação de um protocolo de mobilização precoce, fazendo uso de intervenções de baixo custo, com o mínimo de equipamentos necessários em uma unidade de terapia intensiva. Trata-se de um ensaio clínico, controlado e randomizado, realizado em parceria com o Laboratório de Avaliação e Pesquisa do Desempenho Cardiorrespiratório do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais e com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, Brasil, no período de cinco meses. Os pacientes foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos (tratamento [GT] n=67 e controle [CG] n=67). O desfecho primário foram os dias de saída do leito, enquanto os desfechos secundários foram: tempo de internação na UTI, tempo de internação hospitalar, custos de internação, tempo em Ventilação Mecânica Invasiva (VMI), mortalidade na UTI e mortalidade hospitalar. As características dos grupos foram similares na avaliação inicial. Verificou-se que 61 pacientes (97%) do GT foram retirados do leito, em comparação com apenas dois pacientes (3%) do GC. O protocolo de mobilização proposto reduziu os custos de internação em 30,27%, diferença aproximada de R$7 mil por paciente. A média de tempo de estadia na UTI do GT foi menor do que a do GC. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto às horas de permanência em UTI, tempo de permanência hospitalar e tempo de VMI. A aplicação do protocolo de mobilização precoce de baixo custo e com o mínimo de equipamentos foi segura e eficaz para os pacientes, promovendo a saída precoce do leito.
Descritores
Mobilização Precoce; Custo; Fisioterapia; Tecnologia de Baixo Custo; Unidade de Terapia Intensiva
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