Este estudo buscou correlações entre a composição corporal (aferida por métodos indiretos) e força, resistência da musculatura respiratória e capacidade de exercício em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Os 30 voluntários, idosos, foram divididos em três grupos, dois de pacientes com DPOC, estáveis e controlados clinicamente, e um grupo controle, com indivíduos sem doenças pulmonares, selecionados na mesma faixa etária e biótipo daqueles com DPOC. Todos foram submetidos a espirometria e medidas das pressões respiratórias máximas para avaliação da força dos músculos respiratórios, teste de resistência dos músculos respiratórios, teste de caminhada de seis minutos (TC6'), medidas de dobras cutâneas e índice de massa corporal (IMC). Os sujeitos (6 mulheres e 24 homens) foram divididos em: grupo A, n=11, com DPOC moderado a grave (idade 69,5±10,5 anos, IMC 24,00±3,66 kg/m²); grupo B, n=10, com DPOC leve (71,1±8,1 anos, IMC 24,41±0,58 kg/m²); e grupo C controle, n=9 (70,1±5,9 anos, IMC 27,44±1,33 kg/m²). Apenas os valores de porcentagem de gordura corporal e distância caminhada (no TC6') apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Os resultados não indicaram correlação significativa entre as variáveis analisadas. Embora a literatura aponte o estado nutricional como um dos fatores do comprometimento respiratório na DPOC, não foi encontrada correlação entre a composição corporal e os parâmetros respiratórios nos pacientes estudados.
Composição corporal; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Força muscular; Músculos respiratórios