Open-access Uso do ambiente aquático para avaliar testes funcionais: viabilidade, benefícios e desafios em comparação com testes realizados em solo

RESUMO:

O objetivo deste estudo foi investigar a viabilidade, os benefícios e os desafios do uso do ambiente aquático para avaliar testes funcionais na comparação com avaliações realizadas em solo. Neste estudo, 40 indivíduos foram submetidos ao teste de caminhada de seis minutos (TC6), ao teste de subida de degraus de dois minutos (TSD2’) e ao teste timed-up-and-go (TUG), tanto em solo quanto em uma piscina de 1,2 metros de profundidade. O esforço dos participantes foi medido pela escala de Borg. Testes t de Student e Cohen d foram usados para comparar avaliações entre ambientes. Significância foi estipulada em 5%. Em comparação com o teste em solo, os participantes caminharam menos na água durante o TC6 (d=3,69, p<0,001) e levaram mais tempo para completar o TUG (d=2,76, p=0,001). Não foram observadas diferenças no esforço entre ambientes para o TC6 (p=0,055) e o TUG (p=0,32). Em relação ao TSD2’, não houve diferença no número de degraus entre ambientes (p=0,45) e os participantes experimentaram um menor esforço na água (d=1,15, p=0,001). Em conclusão, ambientes aquáticos são uma opção viável para realizar testes funcionais. Embora a água possa ter aumentado a dificuldade de certos testes, o esforço na água foi igual ou menor do que em solo.

Descritores:
Fisioterapia Aquática; Hidroterapia; Desempenho Físico Funcional; Estudo de Avaliação

ABSTRACT:

This study aimed to investigate the feasibility, benefits, and challenges of using aquatic environment to assess physical function tests compared with land-based assessments. A total of 40 individuals underwent the 6-minute walk test (6MWT), 2-minute step test (2MST), and timed get-up-and-go (TUG) test, both on land and in a 1.2-meter water depth pool. Perceived exertion was measured using the Modified Borg scale. Paired Student’s t-tests and Cohen d were used to compare assessments in water and on land . Significance was set at 5%. Compared to land, participants walked less in water during the 6MWT (d =3.69, p<0.001) and took longer to complete the TUG test (d =2.76, p=0.001). No differences were observed in perceived exertion between land and water during the 6MWT (p=0.055) and TUG test (p=0.32). Regarding 2MST, there was no difference in performance between the environments (p=0.45). Conversely, participants experienced lower perceived exertion during the 2MST in water (=1.15, p=0.001). In conclusion, an aquatic environment is a feasible option for conducting functional tests. Although water may have increased the difficulty of certain assessments, the perceived exertion in water was either lower than or comparable to that of land.

Keywords:
Aquatic Therapy; Hydrotherapy; Physical Functional Performance; Evaluation Study

RESUMEN:

El objetivo de este estudio fue investigar la viabilidad, beneficios y desafíos del uso de ambiente acuático para evaluar pruebas funcionales en comparación con el suelo. En este estudio, cuarenta individuos fueron sometidos al 6-minute walk test (6MWT), al 2-minute step test (2MST) y al timed up and go test (TUG), tanto en suelo como en una piscina con 1,2 metros profundidad de. El esfuerzo de los participantes se midió con la Escala de Borg. Los testes t de Student y Cohen d fueron utilizados para comparar las evaluaciones entre ambientes. La significancia se quedó en 5 %. En comparación con el suelo, los participantes caminaron menos en el agua durante el 6MWT (d =3,69, p<0,001) y tardaron más en completar el TUG (d =2,76, p=0,001). No se observaron diferencias en el esfuerzo entre los ambientes para el 6MWT (p=0,055) y el TUG (p=0,32). En cuanto al 2MST, no hubo diferencia en el número de escalones (p=0,45) pero los participantes experimentaron un menor esfuerzo en el agua (d =1,15, p=0,001). En conclusión, los ambientes acuáticos son una opción viable para realizar pruebas funcionales. Aunque el agua puede haber aumentado la dificultad de ciertas pruebas, el esfuerzo en el agua fue igual o menor que en suelo.

Palabras clave:
Terapia Acuática; Hidroterapia; Rendimiento Físico Funcional; Estudio de Evaluación

INTRODUÇÃO

A terapia aquática ou exercícios aquáticos são uma importante opção de tratamento para pessoas com deficiências físicas1. Seu potencial tem sido demonstrado desde a antiga medicina egípcia e grega, promovendo cura e aliviando dor2. Com os avanços tecnológicos e melhorias nos métodos científicos, os efeitos da terapia aquática têm sido cada vez mais estudados, e o número de pacientes beneficiados tem se expandido3,4.

Tais efeitos têm sido associados à mecânica dos fluidos como a pressão hidrostática, a densidade, a flutuabilidade, a viscosidade e a resistência, que desempenham papéis cruciais no tratamento5,6. Indivíduos com distúrbios musculoesqueléticos ou neurológicos que têm acesso à exercícios aquáticos tendem a se recuperar mais rápido do que aqueles que se submetem a outros tratamentos7,8.

Historicamente, o número de sessões de exercícios aquáticos tem sido tipicamente menor do que o de sessões fora da água. Isso ocorre porque nem todas as cidades possuem piscinas adaptadas para terapia com controle de temperatura e regulação da profundidade da água. Além disso, nem sempre há profissionais suficientemente qualificados para realizar hidroterapia. Por último, custos de manutenção parecem ser mais altos para procedimentos aquáticos9.

Apesar dos desafios - especialmente aqueles relacionados à imersão e ao medo da água -, é importante reconhecer o valor dos exercícios aquáticos, visto que este tipo de terapia gerou resultados positivos para indivíduos com mobilidade e capacidade reduzidas, incluindo idosos e pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais, lesões cerebrais traumáticas ou lesões na medula espinhal1,4,10. A terapia aquática oferece benefícios valiosos para indivíduos com déficit cognitivo, melhorando aspectos comportamentais e psicológicos, resistência muscular e vários indicadores baseados no desempenho11.

Embora a terapia aquática seja recomendada no tratamento de várias doenças, muitos profissionais optam por avaliar a função física do paciente em solo. Aparentemente, essa escolha pode ser atribuída ao pequeno número de estudos aferindo a viabilidade e os benefícios do ambiente aquático na avaliação funcional do paciente, bem como à ausência de estudos que padronizem os escores dos testes funcionais em ambiente aquático12,13.

Ao avaliar um indivíduo para fisioterapia, informações obtidas apenas fora da água podem ser insuficientes. A avaliação em ambientes de solo e água é necessária para garantir que decisões clínicas apropriadas sejam tomadas. Avaliações aquáticas fornecem informações importantes para os fisioterapeutas pois exploram os mecanismos exercidos pela água, como redução da dor, redução do peso e aumento da amplitude de movimento. As avaliações em água e solo devem ser realizadas em conjunto, considerando o potencial da água de auxiliar nas funções motoras, especialmente quando as atividades em solo são inviáveis. Assim, levantamos a seguinte questão: por que não avaliar os indivíduos na água em vez de simplesmente tratá-los nesse ambiente?

Este estudo investigou a viabilidade, os benefícios e os desafios do uso de ambientes aquáticos para realizar testes funcionais em comparação com avaliações em solo. Nossa hipótese é que a avaliação dos pacientes na água facilitaria a realização de testes funcionais e resultaria em menor fadiga.

METODOLOGIA

Este estudo incluiu 40 jovens, 22 dos quais eram mulheres, com média de idade de 22,8 anos (DP 2,9). O estudo foi realizado na Clínica Escola Integrada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (MS). A lista STROBE, a Declaração de Helsinque e as diretrizes para boas práticas clínicas foram seguidas. Todos os participantes elegíveis assinaram um termo de consentimento antes da avaliação.

Foi empregada amostragem por conveniência no estudo, pois foram incluídos apenas participantes que estavam dispostos a realizar exame médico antes das atividades na piscina. O recrutamento se deu por contato direto com potenciais participantes e plataformas de redes sociais para atingir um público mais amplo. Esse processo foi estendido a todos os distritos de Campo Grande, Brasil, para garantir uma amostra abrangente e imparcial que representasse com precisão a população diversificada da cidade.

Foram elegíveis os seguintes indivíduos: adultos jovens de ambos os sexos; residentes em na comunidade; de qualquer credo ou raça e sem deficiências locomotoras. Os critérios de exclusão foram: histórico prévio de distúrbios neurológicos ou psiquiátricos e participantes considerados clinicamente inaptos para praticar atividades na piscina.

Após o consentimento por escrito, os participantes preencheram um questionário geral que incluía informações sobre sexo, idade, peso e altura. Uma balança antropométrica com capacidade de avaliar pesos de até 300kg e alturas de até 2m foi utilizada para verificar a precisão dessas medidas. Usando esses parâmetros, o índice de massa corporal de cada participante foi calculado e dados acerca de sua pressão arterial foram coletados em repouso.

Um dinamômetro com capacidade de 0 a 100kgf (Saehan Electronics Co. Ltd., Coréia do Sul) foi usado para avaliar a força muscular dos participantes. Três medidas de força de preensão manual foram obtidas para cada segmento e os escores médios foram reportados. Os dados contribuíram para a caracterização da amostra do estudo, fornecendo informações sobre sua força física e possíveis implicações para os resultados da pesquisa.

A frequência cardíaca média e a variabilidade da saturação de oxigênio foram medidas para obter informações sobre o estado fisiológico dos participantes durante períodos de atividade e repouso. Para essas medições, o Artery Check SB 220® (RossMax, Taiwan) foi utilizado. Esse instrumento é capaz de medir de 30 a 250 batimentos por minuto (bpm) e taxas de saturação entre 70% e 99%. O dispositivo possui uma tecnologia de exame de artéria que avalia seis classificações diferentes de oclusão arterial. Nenhum dos participantes deste estudo apresentou sinais de oclusão arterial. A Tabela 1 mostra as características gerais dos participantes.

Tabela 1
Características gerais dos participantes

O protocolo experimental incluiu três testes de função física frequentemente utilizados na prática clínica: o teste de caminhada de 6 minutos (TC6)14, o teste de subida de degraus de 2 minutos (TSD2’)15 e o teste timed get-up-and-go (TUG)16. Os testes foram realizados em terra e na piscina. O ambiente aquático foi uma piscina coberta de 6m de comprimento e 5m de largura, com profundidade limitada a 1,2 metros, e temperatura entre 30°C e 32°C. A ordem dos testes (TC6 × TSD2’ × TUG), bem como o local de início (piscina × solo), foram randomizados para minimizar qualquer viés. Todas as avaliações foram realizadas à tarde para manter a consistência nas condições dos participantes e aferir o desempenho quando os indivíduos estão normalmente mais alertas e responsivos. Um período de descanso de 10 minutos foi fornecido entre cada avaliação para garantir que os participantes tivessem um tempo de recuperação adequado. A percepção subjetiva de esforço em cada teste foi medida usando a escala modificada de Borg17.

O TC6 é comumente utilizado para avaliar capacidade física e aptidão funcional. Ele mede a distância que um indivíduo consegue caminhar em seis minutos dentro de um ambiente controlado, normalmente um corredor plano e reto. Durante o TC6, os participantes foram instruídos a caminhar o máximo possível dentro de determinado período de tempo, mantendo um ritmo constante. Em solo, um percurso de 30 metros foi demarcado para o teste, enquanto na água, o teste foi realizado em uma pista de 6 metros (limitada ao tamanho da piscina). Uma distância de caminhada mais curta normalmente indica menor capacidade física e aptidão funcional. As variáveis analisadas incluíram distância percorrida (m), frequência cardíaca média (bpm), saturação de oxigênio (%) e percepção subjetiva de esforço (pontos).

O TSD2’ é um teste simples usado para estimar a aptidão aeróbica e a resistência cardiovascular de um indivíduo. Ele mede o número de degraus que uma pessoa consegue subir em dois minutos. Tanto para as atividades terrestres quanto para a piscina, os degraus foram padronizados com dimensões de 20cm de altura, 25cm de comprimento e 40cm de largura. As variáveis analisadas foram número de passos dados (n), frequência cardíaca média (bpm), saturação de oxigênio (%) e percepção subjetiva de esforço (pontos). Subir menos degraus durante o teste indica pior aptidão aeróbica e resistência cardiovascular.

O teste TUG foi utilizado para avaliar a mobilidade dos participantes. Este teste é uma ferramenta comum em ambientes de reabilitação, medindo componentes funcionais, incluindo equilíbrio dinâmico, velocidade da marcha, coordenação e capacidade de realizar movimentos de transição. O teste mede o tempo e o número de passos necessários para que os indivíduos se levantem de uma cadeira, caminhem três metros e retornem à cadeira. Cadeiras com as mesmas dimensões foram usadas para as atividades terrestres e aquáticas. Como o teste TUG é um instrumento de avaliação não aeróbico, a frequência cardíaca média e a saturação de oxigênio não foram avaliadas. As variáveis incluídas nesse teste foram tempo (s), passos (n) e percepção subjetiva de esforço (em pontos). Um tempo maior para concluir a avaliação e um maior número de passos dados indicam menor mobilidade e desempenho funcional.

A escala modificada de Borg, comumente usada para avaliar o esforço percebido de um indivíduo durante a atividade física, fornece uma medida subjetiva de esforço com base em sensações e sentimentos pessoais. Nesse estudo, os participantes avaliariam seu esforço físico usando a escala após a conclusão dos testes TC6, TSD2’ e TUG. A percepção dos participantes sobre estresse físico e fadiga foi considerada, desconsiderando fatores como dor nas pernas ou falta de ar. A escala variou de 0 a 10, 0 indicando nenhum esforço e 10 indicando esforço máximo.

Análise estatística

Os dados serão apresentados como média (desvio padrão), após a verificação da distribuição gaussiana. Foram realizados testes t de Student para analisar o efeito principal do ambiente aquático no TC6, TSD2’ e TUG. Para todas as análises, a significância foi estabelecida em 5%. Nos casos em que diferenças estatisticamente significativas entre as avaliações foram observadas, o tamanho de efeito (Cohen d) e diferenças médias com intervalos de confiança (IC) de 95% foram relatadas.

RESULTADOS

A Tabela 2 mostra os resultados do TC6. Os participantes percorreram distâncias maiores ao caminhar em solo do que na água (diferença média = 259,3m, p<0.001; =3,69, IC 95% [2,81; 4.55]). Não foram observadas diferenças significativas na frequência cardíaca média e na saturação de oxigênio entre as duas avaliações. Além disso, não houve diferença significativa na percepção de esforço físico entre as avaliações terrestre e aquática para o TC6.

Tabela 2
Pontuações dos participantes no teste de caminhada de 6 minutos

Em relação ao TSD2’, o número de degraus subidos foi semelhante entre os ambientes solo e água e a saturação de oxigênio apresentou um padrão comparável entre os dois ambientes. No entanto, o teste realizado na piscina demonstrou menor percepção de esforço entre os participantes (diferença média = 2,02 pontos, p = 0,001; d =1,15, IC 95% [0,75; 1,55]), com menor frequência cardíaca (diferença média=29,3bpm, p=0,001; d =1,05, IC 95% [0,66; 1.43]). A Tabela 3 mostra os escores dos participantes no TME2’.

Tabela 3
Pontuações dos participantes no teste do degrau de 2 minutos

A Tabela 4 mostra os resultados do teste TUG. Em solo, os participantes concluíram o teste mais rápido (diferença média = 8,05s, p = 0,001; d =2,76, IC 95% [2,07; 3,44]) e com menos passos (diferença média=2,3 passos, p=0,001; d =1,03, IC 95% [0,64; 1,41]) em comparação com a avaliação na água. No entanto, a exaustão física foi semelhante em ambos os ambientes.

Tabela 4
Pontuações dos participantes no teste de levantar e caminhar cronometrado

Todos os participantes completaram os testes e não relataram nenhum efeito adverso. Nenhum dos participantes sofreu fadiga, nervosismo, dores de cabeça, dores musculares, aumento da transpiração ou tontura durante o teste.

DISCUSSÃO

A terapia aquática oferece uma ampla gama de possibilidades, incluindo o tratamento de lesões e a promoção da saúde. Este estudo explorou o uso do ambiente aquático como uma ferramenta de avaliação e não apenas como opção de tratamento. Os seguintes achados são particularmente relevantes: (1) na piscina, os participantes tiveram uma distância percorrida menor durante o TC6, juntamente com um tempo de conclusão maior e uma maior contagem de passos para o teste TUG; (2) não houve diferenças significativas no número de degraus subidos durante o TSD2’ realizado em solo ou na água; (3) não foram observadas diferenças na percepção de esforço para os testes TC6 e TUG entre as condições solo e água, e (4) durante o TSD2’, os participantes experimentaram menor percepção subjetiva de esforço e diminuição da frequência cardíaca na avaliação da água em comparação com a em solo. A compreensão desses parâmetros é importante para o uso efetivo dos ambientes aquáticos como recursos de avaliação.

Este estudo se concentrou em um grupo específico de jovens sem doenças neurológicas ou psiquiátricas prévias que tivessem pressão arterial18, saturação de oxigênio19, peso20 e força muscular de preensão manual21 normais. Eles foram escolhidos porque este estudo é uma das primeiras tentativas de avaliar testes baseados em desempenho em um ambiente aquático. Ao examinar inicialmente os resultados em jovens saudáveis, priorizamos a segurança antes de expandir para incluir outros grupos específicos.

O TC6 é um teste valioso e amplamente reconhecido que fornece uma maneira econômica de avaliar o funcionamento e a resistência em diversas populações de pacientes22. Foi surpreendente encontrar um número limitado de estudos investigando o uso do TC6 em ambientes aquáticos, considerando os potenciais benefícios que a água pode oferecer a indivíduos com distúrbios musculoesqueléticos ou neurológicos. Os protocolos para atividades aquáticas têm a vantagem de reduzir o peso do indivíduo, o que pode aliviar a pressão nas articulações e fornecer um padrão de caminhada mais confortável para pessoas com mobilidade reduzida23. Portanto, prevíamos um número maior de estudos abordando essa questão, mas, infelizmente, isso não ocorreu.

A avaliação do TC6 indicou que os participantes percorreram uma distância significativamente menor durante o teste na água do que em solo. Essa diferença pode ser atribuída à mecânica dos fluidos. A resistência criada pela água exige que os indivíduos exerçam mais esforço e envolvam grupos musculares adicionais durante movimentos rápidos24. A força de arrasto experimentada na água é influenciada por vários fatores, incluindo a forma e o tamanho do objeto, a área do membro inferior e a função quadrada da velocidade. Portanto, quando a velocidade é dobrada, a força de arrasto quadruplica, assim como as outras variáveis25,26. Isso pode explicar a menor distância percorrida durante o TC6 na água em comparação com a avaliação em solo.

Apesar da diferença observada na distância percorrida durante o TC6, a percepção subjetiva de esforço e a frequência cardíaca média dos participantes foram semelhantes em ambos os ambientes. Isso sugere que a resistência experimentada na água pode ter tornado o teste mais rigoroso. No entanto, alguns aspectos aeróbicos, como frequência cardíaca e esforço percebido, foram comparáveis entre as duas avaliações. Novos estudos devem ser realizados para analisar se esse padrão se aplica a diferentes grupos, incluindo idosos e indivíduos com distúrbios musculoesqueléticos ou neurológicos. Ao examinar uma variedade mais ampla de participantes, promoveremos uma compreensão mais aprofundada de como o desempenho do TC6 baseado na água e o esforço percebido variam entre as populações.

O TSD2’é amplamente utilizado para avaliar aptidão aeróbica e resistência cardiovascular em ambientes clínicos. Um atrativo do TSD2’ é sua simplicidade, necessitando apenas um step simples sem equipamento especializado27. Nossos achados revelaram que a variabilidade da saturação de oxigênio mostrou resultados semelhantes entre os ambientes aquático e terrestre. No entanto, ao contrário do TC6, o principal resultado do TSD2’ não foi significativamente afetado pelo ambiente aquático. Os participantes alcançaram resultados semelhantes em número de passos, independentemente de a avaliação ter ocorrido na água ou em solo. Por outro lado, quando o TSD2’ foi realizado na piscina, os participantes relataram menor percepção de esforço e tiveram menor frequência cardíaca. Outra explicação plausível é que com a estimulação dos receptores de volume e pressão, ocorre uma readaptação do sistema cardiovascular, o que leva a um aumento do débito cardíaco e do volume sistólico, consequentemente reduzindo a frequência cardíaca28.

Atribuímos o menor esforço percebido e a frequência cardíaca reduzida observada na água durante o TSD2’ à combinação da Força de Reação Vertical do Solo (FRSv) e da força contrária realizada pelo centro da flutuação. FRSv é a força exercida na direção vertical por qualquer superfície de apoio quando uma pessoa entra em contato com ela, como estar em pé, caminhando ou correndo. Representa a força ascendente gerada pelo corpo para suportar seu peso e facilitar o movimento. O centro de empuxo é o ponto em que a força de empuxo atua verticalmente para cima, equilibrando o peso do objeto imerso no fluido. Na água, o centro de empuxo pode ter alterado o FRSv, facilitando o teste com movimentos mais suaves e potencialmente reduzindo o esforço necessário29,30.

O teste TUG demonstrou resultados comparáveis aos do TC6, o que pode ser atribuído à sua característica compartilhada de deslocamento horizontal rápido. Consequentemente, é provável que tanto a resistência quanto a força de arrasto tenham influenciado o tempo e o número de passos necessários para realizar o teste TUG sem afetar significativamente a percepção de esforço dos participantes. O TSD2’ se concentra no rápido deslocamento vertical. Em contraste com o teste TC6 e TUG, o TSD2’ se beneficiou do centro de flutuabilidade na água e possivelmente foi menos afetado pela resistência da água e da força de arrasto.

Os três testes já têm estabelecidos valores normativos que servem de referência para determinar escores normais nas avaliações que variam de acordo com fatores como idade, sexo e estado clínico dos pacientes. Como observado neste estudo, os testes de função física mostraram-se viáveis quando realizados na água, com percepção de esforço menor ou comparável à das avaliações terrestres. Assim, mais estudos são necessários para propor novos valores normativos para os testes TC6, TSD2’ e TUG quando administrados em ambientes aquáticos. Esses estudos ajudarão a estabelecer parâmetros de referência e padrões apropriados para avaliar o desempenho desses testes funcionais na água.

A intensidade do esforço é importante em qualquer programa de exercícios. Na água, a frequência cardíaca parece ser menor do que em solo devido a fatores como estimulação dos receptores de volume e pressão, profundidade de imersão e tipo e intensidade do exercício. Ao lidar com estudos semelhantes, os autores devem considerar possíveis bradicardias e equações para esse ambiente31.

Acreditamos que a importância desse estudo não se limita ao uso da água somente para tratar pessoas com deficiência física, mas também para melhorar a compreensão da capacidade funcional dos pacientes. Infelizmente, nem todos os profissionais prestam o devido cuidado ao processo de avaliação32. Este estudo serve como um lembrete para que fisioterapeutas avaliem os pacientes minuciosamente e considerem a incorporação de ambientes aquáticos nesse processo.

Limitações

Nossos achados devem ser interpretados à luz de algumas limitações. Primeiramente, os resultados estão restritos a indivíduos jovens residentes sem distúrbios musculoesqueléticos ou neurológicos preexistentes. Em segundo lugar, o tamanho da amostra foi relativamente pequeno, o que pode ter limitado a precisão dos resultados. Além disso, houve uma disparidade na configuração do teste entre as avaliações em solo e em água do TC6. Enquanto um percurso de 30 metros foi marcado para o teste em solo, o teste na água foi realizado em uma pista de 6 metros, limitado ao tamanho da piscina. Embora reconheçamos que o comprimento reduzido de 6 metros possa ter aumentado o número de voltas na água, aumentando assim o fluxo (ou mesmo a força de arrasto) e potencialmente influenciando os resultados, é importante reconhecer que a maioria das clínicas com piscina não têm espaço para uma piscina de 30 metros de comprimento. Portanto, optamos por realizar testes em uma piscina com um tamanho que reflita melhor os cenários clínicos, embora isso possa introduzir vieses devido ao aumento do número de voltas na água em comparação com a avaliação em solo. Em quarto lugar, este estudo não levou em conta certos aspectos da mecânica dos fluidos, como a viscosidade da água e a taxa de refração, nem considerou algumas características individuais, como a velocidade dos participantes na água. É plausível que velocidades mais altas possam ter aumentado a resistência da água e a força de arrasto, tornando a atividade mais difícil. Encorajamos novos estudos para verificar cuidadosamente esses aspectos para obter resultados mais precisos. Finalmente, os resultados do estudo são limitados a uma profundidade de água específica de 1,2 metros, próxima à prática clínica. Diferentes profundidades de água podem influenciar os resultados da avaliação.

Sugestões para novos estudos

Como um esforço inicial para avaliar testes em ambientes aquáticos, limitamos nossa amostra a indivíduos sem problemas de mobilidade. No entanto, os achados devem encorajar a inclusão de diversos grupos populacionais nas avaliações funcionais de ambientes aquáticos. Estes podem envolver idosos, indivíduos com distúrbios neurológicos ou musculoesqueléticos e pacientes em pós-operatório. Tais práticas inclusivas ofereceriam orientações valiosas aos fisioterapeutas em suas abordagens clínicas. Talvez considerar um cálculo de frequência cardíaca específico para atividades aquáticas no futuro também seja apropriado.

CONCLUSÃO

O ambiente aquático foi uma opção viável para a realização de testes de função física em adultos jovens. A resistência da água e a força de arrasto potencialmente aumentam a dificuldade de testes rápidos de deslocamento horizontal, como os testes TC6 e TUG. No entanto, testes rápidos de deslocamento vertical, como o TSD2’, podem se beneficiar do centro de flutuabilidade na água. Apesar do maior desafio em alguns testes de função física, a percepção de esforço experimentada na água foi menor (TSD2’) ou comparável (TC6 e teste TUG) à avaliação em solo.

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  • Este estudo foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduaçao em Ciencias do Movimento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Fonte de financiamento:
    Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, Processo no 403238/2023-4) e Fundaçao de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciencia e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect, #119/2024, Siafic: #814)
  • Aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa: Protocolo no: 5.705.095

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Abr 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    14 Nov 2023
  • Aceito
    30 Jul 2024
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