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Gravando: desafios para (re)contar narrativas do(no) movimento social de travestis brasileiras* 1 Inventado por Thomas Edison, em 1889, e posteriormente desenvolvido por seu empregado William Kennedy Laurie Dickson, entre 1889 e 1892, o kinetoscópio foi um dos primeiros dispositivos de exibição de filmes capazes de produzir a ilusão de movimento ou animação usando tiras de filme perfurado contendo imagens sequenciais. A ilusão de movimento foi possível movendo, sobre uma fonte de luz com um obturador de alta velocidade, filmes ou quadros de filmes. O aparelho foi projetado para que os filmes fossem vistos por um indivíduo de cada vez através de uma janela de visualização na parte superior do dispositivo.

Recording: challenges to (re)tell narratives of(in) the social movement of Brazilian transvestites

Resumo

A produção de um documentário como estratégia de pesquisa no campo das ciências humanas ainda gera debate significativo. Buscando contribuir para esse debate, o objetivo deste artigo é apontar alguns desafios metodológicos que marcaram o processo de pesquisar/registrar/narrar um filme documentário sobre a trajetória de vida de Keila Simpson e seus entrelaçamentos com(na) história do movimento de travestis no Brasil. Assim, por meio de uma análise teórica, inicialmente, discutimos as disputas sobre o real e o verdadeiro que se (re)produzem na interação com as imagens. A partir de uma perspectiva etnográfica, então, refletimos sobre nosso percurso de realização do documentário, nas etapas de exploração e produção de esboços, apresentando possibilidades e limites de fazer/pensar/negociar um filme etnográfico sendo pesquisador/cineasta em interação com a interlocutora/narradora. Entendemos que o filme permitirá entender aspectos sensíveis da protagonista e suas relações de sociabilidade e, de forma indireta, compreender o sensível não diretamente abordado pelas imagens.

Palavras chave:
travestis; filme documentário; etnografia

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