Resumo
Este artigo discute a questão da espiritualidade, enquanto fator promotor da resiliência, em dois momentos do ciclo vital: a idade adulta e a velhice Atualmente, a investigação psicológica tem vindo a atribuir maior importância à espiritualidade, sobretudo no que se refere à compreensão da forma como as crenças interferem ns saúde. A resiliência encontra-se fortemente relacionada com o facto de o sujeito, apesar das perdas associadas à velhice, conseguir envelhecer de forma ativa, permitindo-lhe esta, através de adaptações, manter a sua qualidade de vida, a sua saúde física, cognitiva e social. Assim, a espiritualidade pode ser considerada um recurso para o bem-estar na velhice, pelo que a participação em ambientes motivadores e a presença de oportunidades de crescimento, coadunadas com os fatores espirituais-religiosos, têm-se mostrado fundamentais nesta fase do ciclo vital. Esta revisão da literatura revela que a religiosidade e a espiritualidade podem estar associadas a uma maior resiliência, sobretudo na velhice. Todavia, não foram encontradas investigações consistentes, do ponto de vista metodológico, que permitam a discussão sobre a dimensão desenvolvimental desses construtos como promotores de resiliência.
Palavras-chave:
resiliência; espiritualidade; religiosidade; envelhecimento