RESUMO
Este artigo teve o intuito de analisar como ocorre a inserção da música popular e dos objetos aurais em exposições museológicas, tendo como objeto de estudo o museu The Beatles Story, localizado em Liverpool. A análise foi embasada em registros coletados empiricamente e estudos teóricos, tendo em vista os estudos interdisciplinares sobre o som e a literatura que aborda os museus dedicados à música e ao som. Para análise, foram considerados o áudio minutado e 90 registros fotográficos produzidos na visita ao museu. O percurso na exposição revelou a predominância da narrativa já consagrada historicamente, sem elementos que ofereçam outras possibilidades interpretativas. Alguns aspectos não abrem espaço para problematização da memória encenada, entre eles as ambiências, criadas principalmente por áudios e objetos aurais, a utilização de legendas inconsistentes e a ausência de outros recursos comunicacionais.
PALAVRAS-CHAVE
Música popular; exposição; museu The Beatles Story; objetos aurais