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Eduardo Coutinho, linguista selvagem do documentário brasileiro

Eduardo Coutinho, savage linguist of Brasilian documentary

Resumo

Dos seus documentários em locações reais aos filmados em ambientes fechados, o cineasta Eduardo Coutinho investigou incansavelmente os modos de falar de seus personagens, suas “invenções verbais”, suas possibilidades de fabular, captando nesse movimento a complexidade e as modulações da língua portuguesa de camadas diversas da população brasileira. Este artigo revê essa dimensão fundamental do cinema de Coutinho à luz de Últimas conversas (2015), documentário editado postumamente por Jordana Berg, concluído por João Salles, a partir do material audiovisual daquele que seria o último filme do diretor. Em continuidade com essas preocupações, Eduardo Coutinho expressa em Últimas conversas um desejo de filmar crianças, por identificar nelas um momento originário da experiência da linguagem, em que palavras e sentidos ainda não estão cristalizados.

Palavras-chave
Eduardo Coutinho; documentário brasileiro; análise fílmica

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