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Crítica semiótica do populismo1 1 Artigo inédito em francês, traduzido por Murilo Scóz (partes 1 e 2) e Ana Claudia de Oliveira (partes 3 a 5), com revisão do autor.

A semiotic critique of populism

Resumo

Como explicar o imenso sucesso atual de líderes populistas tais como J. Bolsonaro, D. Trump ou V. Orban? As explicações sociológicas e políticas fazem apelo a uma série de dados contextuais: a crise econômica, o desemprego, a imigração, a insegurança, atribuídos à falência do sistema político representativo. O objetivo deste artigo é o de completar essas explicações adotando uma perspectiva propriamente semiótica, que consiste em analisar (na imanência) as relações sensíveis, de caráter “íntimo” — pessoalmente, imediatamente, estesicamente vividos — que se estabelecem entre os líderes populistas e seus partidários. O artigo inclui também uma tipologia de regimes políticos (totalitarismo, absolutismo, democracia representativa, democracia “direta” e sua caricatura, a demagogia) interdefinidos com base nos regimes interacionais que lhes estão subjacentes.

Palavras-chave
ajustamento; contágio; democracia; estesia; populismo

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