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Quando a política se torna inevitável: da arte-em-comunidade à arte-em-comum1 1 Este artigo é uma reprodução da publicação Commonism: A New Aesthetics of the Real, editada por Nico Dockx e Pascal Gielen, páginas 269-280, para a série Antennae – Arts in Society (Amsterdam: Valiz, setembro de 2018). Texto licenciado sob Creative Commons, atribuição de trabalho não comercial e não derivado. Licença 3.0. Traduzido sob a permissão dos autores Hanka Otte e Pascal Gielen e da Editora Valiz (www.valiz.nl).

Resumo

Neste artigo, duas mudanças paralelas são apontadas e sinalizadas. A primeira é a transição da arte-em-comunidade para a assim chamada arte-em-comum; a segunda é a transição da política cultural para a política da cultura. Enquanto a arte-em-comunidade, desde os anos 1990, era regulada, legitimada e, algumas vezes, altamente estimulada pelas políticas culturais oficiais de diversos países europeus, a arte-em-comum – que começou a crescer depois da crise financeira iniciada no final de 2007 – na maioria das vezes não contava com tais intervenções. A primeira é subsidiada pelos governos, pois “compensa” as lacunas estruturais do bem-estar social e, particularmente, se concentra sobre a melhoria social, a coesão e a resiliência. Grandes ativistas e o caráter político radical da última fazem com que a arte-em-comum precise se organizar frequentemente em uma dimensão civil não regulada, que fica entre o mercado e o Estado. Neste artigo, os autores analisam as características da tendência de busca de uma arte-em-comum e articulam a hipótese sobre qual tipo de política serviria de apoio para a ascensão dessa práxis artística.

Palavras-chave
arte-em-comunidade; arte-em-comum; política cultural; política da cultura

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