Resumo
Neste artigo defendemos a ideia de que a Geografia de gênero não é um gênero de Geografia, buscando contribuir para a reflexão sobre aquilo que pode conferir sentido geográfico à relação Geografia-Gênero. Para tanto, realizamos uma revisão epistemológica e ontológica sobre natureza, corpo e técnica, admitindo-os como mediações importantes da relação, que, dialeticamente, pode se reproduzir como modos de ser-estar espacial no mundo. Nesse sentido, este artigo coloca o desafio ético-político de que as Geografias por vir considerem as questões de gênero como intrínsecas a um projeto anticapitalista, no qual o nosso estar no mundo com os outros, que se espacializa na multiescalaridade dos corpos que se conectam como coexistências, nos permita existir como quem queremos ser.
Palavras-chave:
Geografia de Gênero; ontologia da relação; corpo; natureza; técnica