Resumo
Este artigo apresenta uma discussão sobre as potencialidades das teorias políticas do feminismo negro para o desenvolvimento de análises e estudos geográficos. Ao considerar a perspectiva interseccional na construção do pensamento geográfico, as experiências dos sujeitos no espaço se diferem de acordo com sua corporeidade e marcadores de diferenças. Tais elementos são importantes pontos para o entendimento da desigualdade social e epistêmica que assola a realidade das mulheres negras. Nossas reflexões ancoram-se na pesquisa bibliográfica e no estado do conhecimento sobre a temática de gênero e raça nas ciências humanas, em destaque, para a Geografia. Ao evidenciarmos as lacunas sobre a produção do conhecimento geográfico que visibiliza a realidade das mulheres negras, refletimos sobre a importância de fomentar este debate no campo epistêmico, através da pesquisa e do ensino.
Palavras-chave:
mulheres negras; feminismo negro; geografias feministas