O objetivo do presente estudo foi investigar a instabilidade cromossômica e o reparo de DNA, expondo clones da linhagem celular de melanoma murino K-1735 à droga radiomimética bleomicina e ao inibidor da DNA polimerase alfa, afidicolina. Resultados de experimentos anteriores realizados com linfócitos humanos sugeriram dano cromossômico sinergístico após exposição simultânea a esses dois agentes. Contudo, na linhagem celular murina aqui estudada, não houve correlação direta entre os efeitos desses dois agentes. De fato, a extensa variação nas respostas a afidicolina e bleomicina sugeriu diferentes mecanismos empregados pelos clones para o reparo de danos de DNA induzidos por bleomicina. A avaliação da propensão não explicada de algumas células metafásicas tratadas com bleomicina a se desintegrar sugere que este fenômeno foi mais provavelmente o resultado de uma ação direta da bleomicina e não uma potencial manifestação de instabilidade de células tumorais.