No presente trabalho, mostramos em ortólogos da sMDH de 21 espécies de peixes subtropicais das ordens Characiformes, Siluriformes e Perciformes, três diferentes estabilidades térmicas. A primeira, caracterizada pela termoestabilidade do componente menos anódico ou isoforma-A, foi detectada em 52% de todas as espécies. A segunda, exibida por 29% das espécies aqui analisadas, caracterizou-se por um padrão não-divergente de termoestabilidade dos locos sMDH-A* e sMDH-B*. Na terceira resposta, obtida em 19% das espécies analisadas (as 4 espécies Siluriformes), foi observada a termoestabilidade da banda mais anódica ou isoforma-B. O efeito da temperatura ambiental na atividade relativa de isoformas parálogas e ortólogas de duas dessas espécies com diferentes respostas térmicas (Leporinus friderici - sMDH-A*, termoestável, e Pimelodus maculatus, termoestabilidade reversa ou padrão eletroforético reverso), coletadas em meses de inverno e de verão, mostrou que as subunidades A e B estão presentes em seus extratos de tecidos em diferentes níveis quantitativos e suas atividades relativas são, praticamente, independentes da época de coleta. Na incubação de extratos de tecidos dessas 2 espécies a 50°C, diferentes respostas de inativação térmica foram dadas pelos locos da sMDH. Em P. maculatus, a resposta obtida em músculo esquelético ajudou a escolher a hipótese mais provável - a da termoestabilidade reversa, onde a banda mais anódica ou isoforma-B é a sMDH termoestável. Assim, diferenças na susceptibilidade à temperatura parecem ter ocorrido entre homólogos ortólogos da sMDH, nessas espécies, onde a banda mais rápida, normalmente músculo-específica e termolábil na maioria dos teleósteos, aparece em P. maculatus como a isoforma termoestável.