Nesse artigo, um processo estocástico Ornstein-Uhlenbeck foi utilizado para simular a relação exponencial entre divergência genética e distância geográfica, conforme é esperado em modelos de isolamento-por-distância, alpondras ou coalescência. As simulações foram realizadas a partir de um dendrograma UPGMA estimado a partir das distâncias geográficas entre 13 populações locais. As superfícies espaciais de freqüências alélicas simuladas foram analisadas através de autocorrelação espacial e construção de distâncias genéticas de Nei, com base em diferentes números de alelos. A divergência entre populações locais produziu padrões espaciais significativos, tanto em nível univariado (correlogramas espaciais) quanto em nível multivariado (teste de Mantel entre distâncias de Nei e distâncias geográficas). Entretanto, se as análises são baseadas em um pequeno número de populações locais, os perfis dos correlogramas variam consideravelmente e as distâncias Manhattan calculadas entre eles podem ser maiores do que as previamente estabelecidas em outros estudos de simulação. O método proposto permite assim estabelecer uma amplitude de perfis que podem ser obtidos pelo mesmo processo estocástico de divergência genética. A comparação de correlogramas observados com esses perfis permite assim evitar o uso de outros mecanismos microevolutivos para explicar essa divergência genética.