Privilegiando o fato de a obra de Marshall Sahlins dar bom uso à teoria lévi-straussiana da troca, este artigo reinterpreta a análise do primeiro sobre o "setor transpacífico do 'sistema mundial'". Mais do que uma crítica a Sahlins, o artigo pretende aprofundar a demonstração deste último do fato de que entendermos sistemas de trocas "nativos" (ou "autóctones" ou "indígenas") é condição necessária para entendermos relações mais amplas, como aquelas entre estes sistemas e os "capitalistas" (ou "ocidentais", seja lá como os definamos). Isto nos leva a minimizar a distinção entre trocas inter e intra culturais, conclusão esta que se reforça com uma rápida especificação da noção de troca das Estruturas elementares do parentesco apresentada no final do artigo.
Lévi-Strauss; Marshall Sahlins; sistema mundial; teoria da troca