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“Señora, no espere que un día de hospital cure 40 años de mala vida”: morte, emoções e fronteira

“Mrs., don’t expect a day at the Hospital will heal 40 years of bad life”: death, emotions and borderlands

Resumo

Este artigo é produto de mais de sete anos de pesquisa sobre gênero, sexualidade, dinheiro, Estado e fronteiras na cidade de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. Proponho uma reflexão sobre a produção emocional da fronteira e sobre a fronteira como materialização performativa de determinadas gramáticas emocionais. Através da narrativa fortemente implicada no adoecimento e morte da Carmelo, “patrona” de um prostíbulo transfronteiriço naquela cidade, argumento que adoecer e rumar-se à morte implica para algumas pessoas um doloroso processo de sujeição e periferização, atravessado por uma testagem derradeira dos circuitos e gramáticas afetivas através das quais se produziu a vida. Tal processo implica atualizações e performatizações de emoções que podem estar relacionadas com a construção mito-conceitual da Fronteira.

Palavras-chave:
Amazônia; adoecimento; gênero; cuidado

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