RESUMO
No Brasil, é amplamente disseminada a ideia de que as perdas pós-colheita de produtos hortícolas situam-se em 30-45%. É difícil estimar um número exato, mas, apesar da modernização dos sistemas produtivos e da logística na distribuição de produtos hortícolas nas últimas décadas, as perdas pós-colheita continuam a ser um problema persistente e relevante. Entretanto, sabe-se pouco sobre o que já foi publicado sobre o tema. Este trabalho aborda precisamente esta questão, tendo como base um levantamento abrangente das publicações sobre perdas pós-colheita de frutas e hortaliças. As buscas foram realizadas no sistema de bibliotecas da Embrapa, Google Acadêmico e SciELO. De acordo com seu objetivo e escopo, as publicações foram agrupadas em três categorias de documentos: (1) estudos sobre perdas pós-colheita: estimativas, aferições, projetos de pesquisa, revisões; (2) tecnologias de pós-colheita: aplicação de tecnologias, estudos de fisiologia, doenças e/ou dano mecânico; e (3) economia: estudos de economia, logística e gestão. Os resultados desta análise são discutidos em uma perspectiva histórica e, especialmente, no que eles revelam do impacto do desenvolvimento social e tecnológico sobre o estudo de perdas pós-colheita de frutas e hortaliças.
Palavras-chave:
descarte; frutas; hortaliças; estimativas; publicações.