Com o objetivo de avaliar a produtividade e a qualidade de raízes de cultivares de batata-doce e identificar a melhor época de colheita, conduziu-se um experimento no Campo Experimental do Gorutuba, em Porteirinha-MG, de novembro de 1990 a junho de 1991. Foram estudadas cinco cultivares de batata-doce (Brazlândia Branca, Brazlândia Rosada, Brazlândia Roxa, Princesa e Paulistinha) e duas épocas de colheita (150 e 200 dias após plantio), arranjadas em esquema fatorial 5x2, no delineamento experimental de blocos casualizados, com cinco repetições. Verificou-se, para a colheita aos 150 dias após o plantio, que a cultivar Brazlândia Branca foi 62,7% mais produtiva (22,84 t/ha) que a cultivar Brazlândia Roxa (14,33 t/ha), a menos produtiva. Aos 200 dias de ciclo, a cultivar Paulistinha foi a mais produtiva (54,50 t/ha), sendo a menor produtividade apresentada pela cultivar Brazlândia Rosada (55,0% menos produtiva que a cultivar Paulistinha). A cultivar Brazlândia Roxa apresentou maior produção de refugos, de 7,76 e 12,38 t/ha, respectivamente, para a colheita aos 150 e aos 200 dias após o plantio. Para peso médio de raiz, houve uma variação de 220,12 a 504,95 g, sendo que todas as cultivares apresentaram maior porcentagem de raízes graúdas (400-800 g/raiz), quando colhidas mais tardiamente. Recomenda-se a colheita das cultivares Paulistinha, Brazlândia Rosada e Brazlândia Branca aos 150 dias após o plantio, pelo tamanho menor de raízes preferidas pelo consumidor. Já para a cultivar Princesa, em função da sua menor produção de raízes tipo 2 (400 a 800 g/raiz) comparativamente às cultivares anteriores, sua colheita pode ser feita de 150 até 200 dias após o plantio. A cultivar Brazlândia Roxa apresentou melhor desempenho quando colhida aos 200 dias após o plantio.
Ipomoea batatas; raiz tuberosa; produtividade