Evaporação e capacidade de molhamento de caldas fungicida com o sem adjuvantes em folhas de hortaliças

RESUMO

Nos cultivos de tomate, pepino e pimentão é comum a utilização de grande número de aplicações de produtos fitossanitários para o controle de pragas e doenças como forma de garantir melhor produtividade e qualidade do produto final. O conhecimento do espalhamento e do tempo de evaporação de gotas de pulverização é fundamental para entender a interação entre a calda de fungicida e a superfície alvo para adequada distribuição do fungicida. O objetivo desta pesquisa foi determinar a área de molhamento e o tempo de evaporação de gotas contendo o fungicida Cabrio Top sem e com o adjuvante Nimbus^® depositadas em superfícies foliares das culturas de tomate, pimentão, pepino e superfície artificial (lâmina de vidro). Utilizou-se um sistema de análises por imagens, gerador de gotas, um estereoscópio com câmera para captura de imagens e uma câmara climática de controle de temperatura e umidade relativa do ar. Gotas de 600 µm de diâmetro contendo as caldas de pulverização foram depositadas nas superfícies foliares e lâmina de vidro e as imagens sequenciais foram usadas para quantificar a área de molhamento e o tempo de evaporação. A calda de pulverização e a superfície alvo são determinantes no molhamento e na evaporação das gotas após a deposição. O tempo de evaporação e a tensão superficial apresentam relação negativa com o molhamento. A adição do adjuvante Nimbus^® (0,5%, v/v) reduziu a tensão superficial e proporcionou aumento da área de molhamento das superfícies, com exceção em folhas de tomateiro, que apresentaram baixa capacidade de molhamento em ambas as caldas.

Palavras-chave:
Hortaliças; tecnologia de aplicação; cultivo protegido; análise por imagem; gotas de pulverização