Este estudo teve como objetivo a análise genética de 36 acessos de inhame (Dioscorea alata) utilizando marcadores microssatélites. Dez acessos foram coletados em mercados locais de vários municípios no Brasil, oito foram obtidos no banco de germoplasma do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e dezoito foram coletados diretamente com os agricultores no estado de São Paulo. Um total de nove locos de microssatélites foram utilizados para amplificação. Alto polimorfismo foi encontrado entre os locos, verificado pelos valores de PIC elevados (0,57-0,77) e altos índices de heterogosidade esperada e Shannon-Wiener (0,69 e 1,29 em média, respectivamente). Os acessos foram classificados em dois grupos pela análise de agrupamento. O primeiro grupo consiste principalmente de acessos obtidos da coleção do IAC, incluindo um acesso comercial obtido num mercado na cidade de Cuiabá, estado de Mato Grosso. O segundo grupo classificou os acessos coletados diretamente dos agricultores, incluindo um importante acesso proveniente de Porto Rico, denominado 'Florida', a cultivar mais plantada no Brasil. Este grupo incluiu também os acessos obtidos em mercados de vários municípios do estado de São Paulo, além de outros acessos da coleção do IAC. Várias duplicatas foram identificadas neste estudo, incluindo acessos obtidos junto aos dois agricultores de Mogi Guaçu e Mogi Mirim, em São Paulo. Entretanto, parte desses acessos foi alocada em diferentes sub-grupos, dentro do segundo grupo. Os resultados sugerem a hipótese de diferentes origens para os acessos atualmente comercializados e cultivados no Brasil. Acessos similares obtidos de diferentes municípios mostrou a comercialização dos mesmos em locais diferentes.
Dioscorea alata; banco de germoplasma; diversidade genética; SSR; variedades comerciais
