RESUMO
O valor comercial dos tubérculos de batata é afetado pelos danos causados por Diabrotica speciosa, cujas larvas fazem orifícios na casca dos tubérculos e túneis internos. A estimativa dos danos aos tubérculos de batata é geralmente realizada avaliando os danos externos, em detrimento dos túneis de alimentação causados por larvas. Assim, propomos um método para estimar os danos de D. speciosa, considerando os aspectos externos e internos dos tubérculos separadamente. Para tanto, plantas de batata cv. Ágata foram cultivadas sob diferentes infestações de larvas, medindo-se a área ocupada pelos buracos e o volume dos túneis de alimentação internamente, relacionando esses dados com a área total e o volume do tubérculo. A metodologia utilizada permitiu caracterizar o aumento dos danos nos tubérculos com maior infestação de larvas. A correlação entre os danos internos e externos causados por larvas de D. speciosa não foi significativa, indicando que o dano externo por si só não é um parâmetro adequado para o diagnóstico da qualidade geral do tubérculo. No entanto, o método aqui proposto fornece informações sobre o volume de polpa consumido pelas larvas, a extensão das galerias formadas e o volume relativo de danos em relação ao tubérculo total. Além disso, o método aqui proposto contempla uma análise mais precisa da área externa danificada pela herbivoria em relação à área total do tubérculo, o que não é comumente considerado em estudos de estruturas de plantas subterrâneas.
Palavras-chave:
Solanum tuberosum, estimativa de danos, manejo de pragas, larva-alfinete; vaquinha-verde-amarela
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